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O CRESCIMENTO DA IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL E SUA LEGITIMIDADE

Estarei postando alguns tópicos da minha monografia do curso de Teologia. O tema foi O Crescimento da Igreja Evangélica no Brasil e sua Legitimidade. Nesta postagem temos os tópicos: Significado de Igreja, História Resumida da Igreja, Protestantismo no Brasil e o Legítimo Crescimento.

Significado de Igreja

Igreja é uma instituição religiosa cristã, não vinculada ao estado. Uma comunidade com pessoas ligadas por uma mesma fé. Segundo o dicionário, temos ainda, as seguintes definições: templo cristão e autoridade eclesiástica[1].

Etimologicamente, é uma palavra de origem grega “ekklesia”, que traduz o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar as assembleias que o povo faziam no deserto quando se reuniam aos apelos de Moisés.

“Ekklesia” é composta de dois radicais gregos: ek, que significa para fora, e klesia, que significa chamados. Logo, podemos traduzir e entender como “chamados para fora” [2].

É impressionante como esse termo “ekklesia” sintetiza de forma plena o que é ser igreja (ser chamado para fora, e levar as boas novas aos perdidos). Na passagem Bíblica de Marcos 13:1 “Ao sair Jesus do templo…”, o Senhor Jesus, demonstra na prática, com essa simples ação, como deve ser a atuação da igreja e seu chamado para fora. É algo que pode passar desapercebido, contudo, fato é que Jesus estava saindo do templo e direcionando sua atenção aos que estavam fora do aprisco.

Igualmente impressiona, como a história de alguns cristãos e de algumas igrejas percorreu o caminho inverso, preponderando um chamado para dentro, conclamando a “deixar o mundo” e não buscar relacionamentos nele, e assim considerarem “irmãos” apenas os membros do “clube santo”.

Ironicamente, a Bíblia nos diz exatamente o contrário. Analisemos a passagem de Mateus 5:13-16:

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”

A serventia da luz é dissipar a escuridão e não clarear onde já existe a luz.

Já pelo contexto bíblico, a utilização do termo “igreja” refere-se à reunião de pessoas, não necessariamente associada à alguma edificação ou doutrina específica. Por toda a bíblia a palavra “igreja” aparece inúmeras vezes e sempre utilizada referindo-se à agrupamentos de cristãos.

História resumida da Igreja

A História da Igreja tem sido sempre, desde o seu nascimento até o presente, a história da graça de Deus para com o homem, e, revelada na história humana.

Os grandes períodos da história da Igreja são sete ao todo. A pré-existência da Igreja; A Igreja Apostólica, As perseguições Imperiais; A Igreja Imperial; A Igreja Medieval; A Igreja Reformada e A Igreja Atual.

O nascimento da Igreja de Cristo iniciou sua história com um movimento de âmbito mundial, no dia de pentecostes.

Pentecostes era a segunda grande festa sagrada no ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinquenta dias após esta, vinha a festa de Pentecostes. Era também chamada a festa das colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos era oferecida a Deus (Levítico 23:17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza para a Igreja, o início da colheita de almas para Deus neste mundo[3].

Dentro dos sete grandes períodos da história da Igreja, podemos destacar alguns e suas respectivas características. São eles:

A Igreja Primitiva – Século l

No século l tivemos a influência da Igreja primitiva, quando ocorreu a fundação da Igreja em Pentecostes, e a sua expansão e perseguição. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos neste período. Constantino oficializa o cristianismo como religião oficial. Tivemos também o Edito de Milão (liberdade religiosa no império Romano). Neste período aconteceu também o Concílio de Nicéia.

A Igreja Patrística – Séculos lV – V

Tivemos como característica da Igreja Patrística: Fundação da Igreja Católica; Instituição dos Bispos territoriais; Período de grande combate às heresias e ocorreu o Concílio da Calcedônia.

A Igreja Medieval – Séculos Vl – XVll

Tivemos como característica da Igreja Medieval: Reforma Protestante; Calvinismo; Período escuro da Igreja; Momentos monásticos; Ascenção do poder Papal; crescimento e influência da Igreja; Supremacia da Igreja sobre o Estado; Monarquismo e as Cruzadas.

A Igreja Moderna – Séculos XVll – XVlll

Tivemos como característica da Igreja Moderna: Avivamento da Igreja; Divisões denominacionais; Iluminismo; Teologia Liberal; Reforma protestante e a Reforma Calvinista.

A Igreja Contemporânea – Séculos XVlll – XX

Tivemos como característica da Igreja Contemporânea: O Pentecostalismo[4].

No início da história da igreja, pode-se dizer que havia uma supervalorização da mesma como instituição. São Cipriano, considerado um dos pais da igreja, chegou a dizer que “não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe”. Alguns séculos mais tarde, essa supervalorização mudou, e hoje, para alguns, pouco importa fazer parte ou não de uma igreja.

No entanto, acima de tudo, e apesar das inflamações, a igreja é um projeto que pertence a Deus, e como tal, jamais será uma instituição falida como prega o meio secular. Caso contrário, Deus poderia já ter decretado falência bem lá no passado, lá naquela igreja complicada, cheia de pecado e de doentes que estava em Corinto. A igreja é lugar estabelecido por Deus para unir pessoas de todos os tipos em uma única fé, para louvor e manifestação da graça de Deus.

[1] FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 915.

[2] //pt.wikipedia.org/wiki/Igreja Acesso realizado no dia 15 de setembro de 2015.

[3] Bíblia de Estudo Pentecostal. p.1630

[4] CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 2005. 507p.

Protestantismo no Brasil

No Brasil, o protestantismo chegou ainda no período colonial. A partir da abertura dos portos, muito embora o catolicismo ainda continuasse oficial, o protestantismo consolidou-se.

Com a instalação da república, quando houve a separação do estado e da religião, o protestantismo floresceu. Hoje é o segundo maior segmento religioso do Brasil, com cerca de 42,3 milhões de fiéis, o que representa 22,2% da população brasileira segundo dados que integram a públicação do último censo demográfico do IBGE em 2010[1].

Já segundo uma pesquisa mais recente, divulgada em 2014, realizada em toda a América Latina, é relatado que o número de protestantes no Brasil chegava aos 26% da população brasileira[2].

Falando em números de adeptos, entre as maiores denominações protestantes históricas do Brasil, estão: os batistas com 3,7 milhões, os presbiterianos  e os adventistas ambos com 1,5 milhão cada, os luteranos com 1 milhão e os metodistas com 340 mil[3].

E, no tocante à maiores denominações, não se pode deixar de enfatizar o pentecostalismo (ex.: Assembléia de Deus) e neopentecostalismo (ex.: Universal do Reino de Deus).

O Brasil recebeu o pentecostalismo em 1910 quando chegou a Congregação Cristã e em 1911 quando chegou a Assembléia de Deus. Algum tempo depois (1950), ocorreram transformações do pentecostalismo, em decorrência da influência de movimentos de cura divina, gerando diferentes denominações como Igreja O Brasil para Cristo e Igreja do Evangelho Quadrangular.

Já o neopentecostalismo surgiu no Brasil em 1970, com igrejas que enfatizam a teologia da prosperidade, de padrões morais menos rígidos e mais secularizadas, como por exemplo a Igreja Universal do Reino de Deus. Também aqui, algum tempo depois (1980), surgiram outras denominações neopentecostais, com um discurso ainda mais liberal, focando as classes média e alta, as quais se pode destacar a Igreja Renascer em Cristo e Igreja Evangélica Cristo Vive.

O LEGÍTIMO CRESCIMENTO

A necessidade de crescimento da igreja é legítima e necessária. Sempre foi. Mas, será que o crescimento que está ocorrendo hoje em dia é tão legítimo quanto a necessidade? Será que novos tempos requerem novos métodos? Esses e outros questionamentos nos coloca de certa forma em um conflito.

Deve-se crescer, mas, não a todo custo. Esse conflito não deve ser considerado unicamente danoso, e pode ser encarado também de forma positiva. Afinal, o modo como é enfrentado e administrado o conflito irá influenciar diretamente em seu resultado.

As mudanças sociais impostas pelas últimas décadas trouxeram consigo novas realidades para todos nós, e isso não foi diferente com a igreja. Essas novas realidades chegaram trazendo novos desafios e possibilidades, que necessitam ser cuidadosa e criticamente analisadas na busca por uma igreja relevante.

Há algumas décadas, a preocupação da igreja evangélica no Brasil basicamente se resumia em lutar por sua transformação política e social. Conquistado esse patamar político social, a preocupação se voltou para seu crescimento e sua presença na sociedade, inovando e modernizando.

Buscar o crescimento da igreja é relevante e certamente abre numerosas portas para um mundo novo. Lado outro, pode também abrir algumas brechas, correndo o risco de se comprometer com os atrativos da era moderna. Sendo assim, torna-se necessário discernir sobre esses riscos e o que eles podem representar para o futuro do cristianismo.

A expressão “crescimento” pode ser compreendida em dois termos, quantitativos e qualitativos. E é exatamente essa questão que o presente trabalho pretende enfatizar. A legitimidade do crescimento. Ou seja, a igreja evangélica está crescendo no Brasil sim, mas, em qual termo? Quantitativo (número de membros, número de templos, orçamento, projetos) ou qualitativo (autenticidade, maturidade, caráter, profundidade)?

Ambos modos de crescimento são importantes é claro, e, um não necessariamente invalida o outro. Absolutamente. Entretanto, impende salientar que, embora um crescimento quantitativo desperte fascínio e prestígio em função de uma visibilidade secular maior, nem sempre promove um crescimento espiritual e qualitativo. E, é justamente aqui que a igreja pode incorrer em um grave risco já alertado por Jesus através da parábola da casa edificada na rocha: o de se construir a casa (igreja) sobre a areia e não sobre a rocha.

Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, vieram as correntes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. 26. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi grande a sua ruína” Mateus 7:24-25.

[1]ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/tab1_4.pdf) Acesso realizado no dia 15 de setembro de 2015.

[2]//www.christianitytoday.com/gleanings/2014/november/sorry-pope-francis-protestants-catholics-latin-america-pew.html?paging=off Acesso realizado no dia 15 de setembro de 2015.

[3]//www.executivaipb.com.br/site/estatisticas/estatistica_2011.pdf e//pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo_no_Brasil Acesso realizado no dia 15 de setembro de 2015.

 

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O LOUVOR E A MÚSICA

Louvar significa levantar as mãos, agradecer, confessar. Enquanto louvamos a Deus reconhecemos sua grandeza, somos levados a confessar nossas falhas e nossa pequenez. Quando louvamos mostramos que somos dependentes de Deus. (Gn. 29:35, Lv. 16:21, I Cr. 16:34). A adoração verdadeira motiva e encoraja o crente a servir a Deus. As músicas cantadas na Igreja atualmente levam as pessoas para sentido literal da música que é satisfazer o ego de quem está cantando. As músicas na Igreja atualmente não levam para a racionalidade, as pessoas cantam e não prestam atenção no que dizem e não há mudança através do louvor. Davi através do seu tabernáculo trouxe uma mudança radical com relação ao tabernáculo de Moisés. Davi cultivou um espírito de intimidade novamente entre o povo e o Senhor. Diferente do tabernáculo de Moisés que havia uma separação entre Deus e o homem. Vejo a música cantada na Igreja hoje como no tabernáculo de Moises, as pessoas estão separadas de Deus, ou seja, estão na Igreja, estão cantando, mas estão separadas intimamente, pois estão longe de Deus. O reflexo disso são cantores da música gospel que tem buscado seus próprios interesses e até mesmo utilizando o púlpito como mercado para ganhar dinheiro. E os que não estão no púlpito muitas vezes estão atrás de cantores que lhes fazem ficar emocionadas como faziam nos Show do mundo. A solução prática é que os dirigentes de igreja não permitam tais cantores que cobrem para cantar no púlpito. Buscar na Igreja pessoas que tem o dom e são humildes para poderem conduzir louvores que levem o povo a buscar a intimidade com Deus, como Davi fez. Temos muitos adoradores nas Igrejas, mas infelizmente a maioria tem se deixado levar para a música e não para o louvor conforme os originais do hebraico. Que novos ministros de louvor possam levar o povo a louvar com a mente e o coração. Louvando de modo racional, consciente.

Este texto faz parte de um trabalho que realizei de teologia.

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

ESTUDO SOBRE A GRAÇA DA DEUS

Mergulhando na Graça de DEUS

“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem os condenará? É CRISTO JESUS quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de CRISTO? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS, nosso SENHOR.” (Romanos 8:31-39)

DEUS amou-nos primeiro mesmo que não tivéssemos nada para oferecer a Ele. Seu amor não é condicional, não aumenta, não diminui, permanece sempre o mesmo e é dado a qualquer pessoa.

Graça é um favor imerecido ou algo concedido livremente por DEUS para aquela pessoa que não merece, não é digna; é um presente que recebemos sem méritos próprios, motivado unicamente pelo amor e misericórdia de DEUS para conosco. Podemos dizer que graça é o amor de DEUS agindo em nós, dando-nos livremente o seu perdão, a sua aceitação e o seu favor (imerecido). Ela é um dom, através do qual DEUS estende misericórdia e salvação às pessoas, permitindo que Ele confronte a indiferença e rebelião do homem com Sua capacidade ilimitada de perdoar e abençoar.

Por estarmos acostumados a “comprar” consideração, amor, respeito, fazendo algo “por merecer”, sendo este um “vício” da natureza humana, temos grande dificuldade em entender o verdadeiro significado da graça de DEUS: atributo DIVINO, e não humano; presente, pelo qual, não precisamos dar nada em troca. Nós não precisamos fazer nenhum esforço, não precisamos estar limpos e santificados para receber esse presente, basta apenas querer receber e aceitá-lo, usufruindo, assim, do amor e graça de DEUS. A graça dá ao homem participação na natureza divina, assim como o carvão em contato com o fogo, que continua sendo carvão, mas é purificado e adquire as propriedades do fogo.

Graça X Lei.

Você, com certeza, já escutou a seguinte frase: “vivemos na época da graça e não da lei” e isso significa dizer que não seremos salvos se apenas cumprirmos as leis, mas sim se recebermos a graça de DEUS, através da fé no sacrifício de JESUS na cruz. Apesar de vivermos na época da graça, cumprimos as leis, sim, através dessa graça mesmo. Temos de estar alertas para não cairmos em uma falsa graça, manipulando o perdão de DEUS, ao fazermos coisas que O desagradam sem qualquer temor a Ele.

“Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5:17)

 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 8 e 9)

As leis não nos garantem a salvação; elas foram criadas por DEUS para que vivêssemos da melhor forma possível aqui na terra. Em sua infinita sabedoria, Ele já sabia que não conseguiríamos guardar todas as 613 leis e, por isso, manifestou a sua graça sobre nós, cumprindo o que é dito na bíblia, que a misericórdia triunfa sobre o juízo. A graça sempre será a base do relacionamento entre DEUS e os homens, sendo aplicada desde a pessoa mais correta até a mais pecadora.

“Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos.” (Tiago 2:10)

 “Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo.” (Tiago 2:13)

O fariseu é um exemplo bíblico de uma pessoa que desconhece a graça. Com suas 613 leis que detalhavam a vida cotidiana, ele transformou a justiça em uma ciência exata, não deixando espaço para o amor, mas só para o julgamento. O fariseu era zeloso em guardar as leis, mas não dava importância ao relacionamento vivo com DEUS. Ele estava mais preocupado em respeitar tradições humanas do que em buscar a DEUS. Ele acreditava que religião era obedecer a leis e regras, mas se esquecia de amar DEUS e o próximo, de servir DEUS e se oferecer em favor do próximo.

“Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas JESUS, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.” (Mateus 9:11 e 12)

JESUS não veio revogar a lei, mas cumpri-la. Quando Ele resumiu todas as leis em apenas duas, estava mostrando o segredo para conseguir cumprir todas as demais.

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:8-10)

Antes (época da lei)        X        Agora (época da graça)

Bastava não assassinar      X        Além disso, não posso guardar rancor;

Bastava não adulterar        X        Além disso, não posso ser lascivo;

Bastava não testemunhar

falsamente contra o próximo  X    Além disso, não posso julgar o próximo.

Hoje em dia, essas são as novas exigências que DEUS nos faz. Não foi DEUS quem se separou do homem, mas sim, o homem de DEUS, a partir do momento que passou a buscar sua independência. DEUS, em contrapartida, continuou a amar, e MUITO, o pecador. JESUS veio para aqueles que estão pobres e doentes de espírito, que têm algum vazio a ser preenchido, Ele abomina o pecado, mas ama ao extremo o pecador.

A graça também muda nossa filiação: de filhos e herdeiros de pessoas comuns, passamos a ser filhos do REI. A graça de DEUS não muda nosso passado, mas sim o nosso presente e o futuro. Um bom exemplo de pessoas que alcançaram a graça de DEUS são Raabe e Bate-Seba, uma prostituta e uma adúltera, que são mencionadas na linhagem de JESUS (Mateus 1:1-17). A graça leva-nos a participar da história de JESUS, a despeito de nosso passado!

Mesmo no Antigo Testamento DEUS revelou Sua graça e misericórdia para com o povo, perdoando-o e chamando-o de volta a Si, embora não merecessem, pois por tantas vezes eles O traíram e abandonaram, prostrando-se ante outros deuses. DEUS, porém, permaneceu fiel à promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó, através de Sua graça.

Em JESUS CRISTO, DEUS manifestou a plenitude de Sua graça, transmitida aos cristãos pelo ESPÍRITO SANTO, que nos dá o consolo, o perdão e o poder para fazer a vontade de dEle.

A graça é para TODOS, principalmente para os que estão em trevas, afundados em pecados, mas infelizmente nem todos correspondem a ela. Lembre-se de como você estava quando JESUS te chamou!

“Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça.” (Romanos 5:20)

Quando não estamos enfrentando dificuldades, tendemos a achar que não precisamos da graça de DEUS; a maior dificuldade do homem está em aceitá-la.

O homem, em função de sua tendência ao pecado, tenta condicionar o recebimento da graça a algo executado por si próprio, sendo envolvido na mentira de pensar que desfrutará do amor e aceitação de DEUS dependendo de seu desempenho como cristão, do que faz na obra do SENHOR ou de seus esforços. É um erro misturarmos a lei (desempenho próprio) com a graça (presente de DEUS), visto esta ser um presente incondicional de DEUS, não podendo ser conquistada por esforço, limpeza espiritual ou santidade, bastando apenas recebê-la e aceitá-la.

Quando entendemos e aceitamos a graça de DEUS como sendo um sentimento sobrenatural, o amor por JESUS toma o nosso coração, porque mesmo não O vendo, entendemos o valor de Sua graça, que atinge todos os habitantes da Terra, sem distinção entre cristãos (seguidores e discípulos de JESUS) e ímpios (não seguidores e não discípulos de JESUS).

Não podemos pensar que DEUS gosta mais dos cristãos do que dos ímpios, pois a diferença está em saber a existência dessa graça e agir de acordo com a vontade de DEUS. Um dos melhores exemplos disso é a parábola dos dois devedores (Lucas 7), que JESUS usou para explicar a um fariseu o grande amor que a mulher pecadora tinha por ELE, pois esta lavou Seus pés com lagrimas e enxugou com seus cabelos.

“Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.” (Lucas 7:47)

Quem não recebe a graça de DEUS, ou não a compreende, torna-se religioso, isto é, acredita ser santo em virtude de suas obras e por suas vidas em conformidade com a Lei. A respeito destes, a Palavra afirma que caíram da graça de DEUS. (Gálatas 5:4)

“E veio a ele um leproso que, de joelhos, lhe rogava, dizendo: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo. Jesus, pois, compadecido dele, estendendo a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero; sê limpo. Imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo. E JESUS, advertindo-o secretamente, logo o despediu, dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. Ele, porém, saindo dali, começou a publicar o caso por toda parte e a divulgá-lo, de modo que JESUS já não podia entrar abertamente numa cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todos os lados iam ter com ele.” (Marcos 1:40-45)

JESUS ordenou ao leproso que não contasse o milagre ao povo porque a humanidade daquela época é semelhante à de hoje, ou seja, colocariam holofotes no milagre que acabava de acontecer, sentindo a necessidade somente de um curandeiro e milagreiro. JESUS, porém, tinha e tem muito mais: Ele veio para dar, além das bênçãos e curas, a vida interna e eterna, para que não permaneçamos só nos milagres, mas desfrutemos da “Vida em Abundância”.

Esses fatos aconteceram lá atrás e, ainda hoje, acontecem. Algumas pessoas não recebem a graça de DEUS porque acham que não precisam, como os fariseus da passagem a seguir, e outras, porque simplesmente não se acham merecedoras.

“Ora, vendo isto os fariseus, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas JESUS, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes.” (Mateus 9:11 e 12)

O fato é que todas as pessoas carecem da graça e do amor de DEUS. Como a própria palavra define, a graça de DEUS é de graça aos homens!

Barreiras que impedem o homem de aceitar e viver a graça de DEUS:

– Auto-suficiência;

– individualismo;

– orgulho;

– baixa auto-estima.

JESUS morreu por nós quando éramos PECADORES e NÃO quando éramos MERECEDORES.

“Porque CRISTO, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas DEUS prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:6-8)

A redenção é totalmente um dom da graça de DEUS e inclui o receber, antes do realizar. Somos chamados a responder à graça com obediência, serviço e sacrifício, mas não podemos fazer destes uma forma de alcançar o que nos é dado gratuitamente; tais coisas devem ser, no entanto, uma resposta de gratidão ao que DEUS já fez por nós. A prática de boas obras é o fruto de sermos aceitos por DEUS e não a causa da nossa aceitação; elas são uma resposta positiva à graça e ao amor incondicionais de DEUS.

“Pois somos feitura dele, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10)

NÃO somos salvos PELAS boas obras. Primeiro somos salvos e depois fazemos as obras. Somos salvos PARA fazer as boas obras.

Todos nós pecamos e somos merecedores da conseqüência que o pecado traz consigo e, embora não mereçamos, recebemos a redenção de nossa alma através do sacrifício de JESUS, o que leva DEUS a aceitar-nos única e exclusivamente devido ao sangue de Seu Filho ter sido vertido por cada vida existente nesse planeta. Qualquer outro argumento, além do sangue de CRISTO, utilizado para sermos aceitos por DEUS, invalida automaticamente a obra de JESUS na cruz. Tentar agradar a DEUS para ser aceito, significa manipulação e busca de justiça própria, considerada como trapo de imundícia, segundo Isaías 64:6, porém, agradar a DEUS simplesmente porque O amamos, demonstra verdadeira adoração. É justamente na cruz que somos aceitos por DEUS dentro de toda a nossa limitação e fraqueza humana; esse é o significado da graça de DEUS!

“E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Romanos 11:6)

A graça é totalmente oposta ao legalismo, uma vez que esta é um favor de DEUS, concedido livremente àqueles que não o merecem.

– favor imerecido (graça)            X       aceitação merecida (legalismo)

– livremente concedido (graça)      X       dado condicionalmente (legalismo)

– recipientes indignos (graça)       X       conquistadores dignos (legalismo)

A graça faz-nos valiosos aos olhos de DEUS não por aquilo que realizamos com sucesso, mas por aquilo que somos para Ele: FILHOS.

A graça de DEUS sempre existiu, inclusive no Antigo Testamento, porque JESUS sempre existiu. Nós, porém, não tínhamos o entendimento dela, mas “hoje” essa graça começa a ser revelada a nós; somente “agora” o homem começa a entender o significado dela.

“Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO.” (João 1:17)

Há uma história no Antigo Testamento que mostra a graça de DEUS:

“E disse Davi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça bondade por amor de Jônatas? E havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. Disse-lhe o rei: És tu Ziba? E ele disse: Servo teu. E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da bondade de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés. E disse-lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei: Eis que está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. Então mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar. E Mefibosete, filho de Jônatas, o filho de Saul, veio a Davi, e se prostrou com o rosto por terra e inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis aqui teu servo. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto usarei contigo de bondade por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa. Então se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu? Então chamou Davi a Ziba, moço de Saul, e disse-lhe: Tudo o que pertencia a Saul, e a toda a sua casa, tenho dado ao filho de teu senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, sempre comerá pão à minha mesa. E tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. E disse Ziba ao rei: Conforme a tudo quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim fará teu servo. Quanto a Mefibosete, disse o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos do rei. E tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo nome era Mica; e todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete. Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os pés.” (2 Samuel 9:1-13)

O texto mostra a bondade, ou melhor, a GRAÇA de Davi para com Mefibosete. A tradição da época contava que se houvesse algum parente do antigo rei, este deveria morrer, para que não ocorresse uma rebelião ou tentativa de retomada do reinado perdido. O que ocorreu, porém, foi justamente o contrário: devido à aliança que Davi tinha com Jônatas (filho de Saul e pai de Mefibosete), Mefibosete, mesmo sendo da família do antigo rei, tendo os pés tortos (simbolizando imperfeição e aprisionamento) e vivendo numa região desértica (simbolizando a dificuldade), experimentou a graça de Davi. Mefibosete aceitou-a e, então, foi colocado na mesma posição dos filhos do rei. Ele não foi orgulhoso, mantendo-se em posição de extrema superioridade e nem de extrema inferioridade, pois aquele que se sente muito acima ou muito abaixo não usufrui a graça, uma vez que o orgulho impede a manifestação desta. Mefibosete conseguiu aceitar a bondade (graça) de Davi, recebê-la e, assim, agradar ao rei. Quando Mefibosete sentou-se à mesa de Davi, seus pés tortos foram encobertos pela toalha da mesa; essa toalha, para nós, simboliza o Sangue de JESUS, ou seja, a graça de DEUS!

Agora gostaria que você lesse o parágrafo acima e o texto bíblico de 2 Samuel 9 trocando os nomes de Davi por DEUS e de Mefibosete pelo seu nome. Creio que ficará bastante evidente o que DEUS faz por nós.

A verdade da graça de DEUS está em sermos aceitos por Ele, não pelo que somos ou fazemos, mas por aquilo que JESUS é e fez por nós na cruz. Quando rejeitamos a graça de DEUS, estamos rejeitando ao próprio DEUS.

A graça será sempre a base do nosso relacionamento com DEUS (Efésios 2:8). Ela é aplicada desde o mais pecador ao mais correto, de igual forma.

Parábola dos trabalhadores da vinha.

“Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha. Saindo pela terceira hora, viu, na praça, outros que estavam desocupados e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram. Tendo saído outra vez, perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma forma, e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então, lhes disse ele: Ide também vós para a vinha. Ao cair da tarde, disse o senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros. Vindo os da hora undécima, recebeu cada um deles um denário. Ao chegarem os primeiros, pensaram que receberiam mais; porém também estes receberam um denário cada um. Mas, tendo-o recebido, murmuravam contra o dono da casa, dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o calor do dia. Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” (Mateus 20:1-16)

A graça, por ser um favor imerecido, nada tem a ver com o nosso mérito ou demérito, se somos pecadores ou corretos. A partir do momento que condicionamos a graça ao nosso mérito, estamos, automaticamente, anulando a idéia da graça. Toda a vida e obra de JESUS aqui na Terra foi uma demonstração de Sua oferta de salvação a todos, gratuitamente, independente de merecermos isso ou não.

“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9:13)

 “Tendo JESUS ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2:17)

DEUS aceita e recebe o homem em qualquer estado, devido à Sua graça e, a partir de então, começa a transformá-lo, uma vez que, embora sejamos recebidos em pecado, é impossível continuarmos da mesma maneira se tivermos um encontro real com JESUS. Em qualquer religião escuta-se falar sobre amor, juízo, julgamento, perdão, etc, mas somente no Evangelho verdadeiro de JESUS que se escuta sobre a graça e vive-se a graça.

A base da nossa salvação não é o realizar, mas sim o receber; não é o desempenho, mas a fé.

“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de DEUS testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em CRISTO JESUS.” (Romanos 3:21-24)

Infelizmente muitos rejeitam e abandonam a graça de DEUS em suas vidas.

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de DEUS, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem; e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas.” (Hebreus 12:14-17)

DEUS quer que cheguemos a Ele com confiança, crendo no presente que é a graça.

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:16)

Não podemos clamar juízo sobre uma pessoa, pois primeiro DEUS virá com juízo sobre nós. Devemos clamar a graça e misericórdia sobre a pessoa, para que DEUS venha, antes, com graça e misericórdia sobre nós.

Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que “tiverdes medido, vos medirão também.” (Mateus 7:2)

Por exemplo, se alguém nos afronta, é claro que a nossa vontade é clamar juízo de DEUS sobre ela. Mas será que nós estaremos irrepreensíveis diante de DEUS, caso o juízo dEle visite-nos também? É melhor não arriscar! Vamos clamar graça sobre as pessoas que nos afrontam.

A graça de DEUS é derramada sobre todas as pessoas, sem distinção entre cristãos e ímpios: não pense que DEUS goste mais de uma pessoa do que de outra. Ele ama a todos igualmente.

“Para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” (Mateus 5:45)

Mesmo após a queda do homem, DEUS não desistiu de ter a sua criação de volta. Essa separação causou um vazio no homem, que somente Ele pode preencher. A parábola do filho pródigo ilustra bem isso:

“Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lucas 15:1-32)

Alguns dos meios pelos quais recebemos mais e mais da graça de DEUS são:

► Conhecer mais a Palavra e obedecer a DEUS (2 Timóteo 3:14-15).

► Ouvir a Palavra de DEUS (Romanos 1:16-17).

► Orar (Hebreus 4:16).

► Jejuar (Mateus 6:17-18).

► Adorar a JESUS (Colossenses 3:16-17).

► Transmitir a graça a outros, pois assim como fomos perdoados, perdoemos; assim como fomos amados, amemos, assim como fomos recebidos, recebamos! (Mateus 10:8).

Viver na graça é ter um relacionamento verdadeiro e sincero com DEUS; de confiança em JESUS, sem o uso de máscaras. O único motivo pelo qual viveremos a eternidade com DEUS é a sua graça e o que Ele fez por nós, derramando o sangue de Seu Filho na cruz. Não há outro motivo!

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS.” (Romanos 8:1)

A graça de DEUS é um presente gratuito que está a nossa disposição, basta aceitarmos, para, assim, deixarmos DEUS transformar-nos a cada dia. Sabe como a bíblia é encerrada?

“A graça do SENHOR JESUS seja com todos.” (Apocalipse 22:21)

Questões relacionadas ao estudo.

1) Com as suas palavras, defina o que é graça. O que o homem precisa fazer para receber esse presente de DEUS?

2) O que significa a expressão “eu vivo na graça e não na lei”?

3) Cite e exemplifique pelo menos duas barreiras que impedem o homem de aceitar e viver a graça de DEUS.

Aula prática.

Nessa semana, exercite a graça de DEUS. Procure alguma pessoa para presenteá-la, seja com um bilhete, uma palavra ou uma lembrança, etc; não porque essa pessoa te tratou bem ou te deu algo, como se fosse uma troca, mas simplesmente faça algo gratuitamente por essa pessoa. Lembre-se: apesar de não termos feito nada para receber a graça, fomos presenteados por DEUS.

Fonte: Mergulhando na Palavra – Igreja Bola de Neve

 

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ESTUDO SOBRE O AMOR DE DEUS

Mergulhando no Amor

DEUS está associado ao amor, sendo essa Sua essência. O amor sincero e verdadeiro é algo que representa o nosso DEUS; Ele é nossa fonte de amor e também é quem nos ensina a dar e a receber amor.

“Aquele que não ama não conhece a DEUS; porque DEUS é amor.” (1 João 4:8)

Amar não é ter um sentimento.

O amor é uma escolha e não um sentimento ou uma reação natural. Reações naturais são aquelas praticadas como consequência natural de algum outro fato anterior. Por exemplo: comer é uma reação natural (a pessoa come quando tem fome), dormir é uma reação natural (a pessoa dorme quando tem sono), respirar é uma reação natural (os órgãos respiratórios naturalmente funcionam objetivando a respiração, como uma espécie de auto defesa contra a falta de ar), etc.

Já o amor esperado por DEUS é uma escolha que independe de circunstâncias ou do que outras pessoas façam. Gostar, porém, é muito diferente de amar, pois amar é dar-se, doar-se, é gastar tempo com alguém: quanto mais tempo você gastar com algo, mais amor terá por isso, ao gastar tempo em amar de uma maneira que agrada a DEUS, estará investindo e aplicando esse tempo, gerando, certamente, um grande retorno. O gostar, por sua vez, tem uma conotação de julgamento e semelhança, sendo uma relação baseada em trocas e conveniências. O grande desafio do homem é viver a sua vida em amor.

No grego antigo, havia três palavras para traduzir amor:

Amor Philéo: é o amor-amizade. Esse amor é aquele que sentimos com nossos irmãos e pais.

Amor Eros: é o amor sexual entre um homem e uma mulher e, como sabemos, deve ser praticado dentro do casamento.

Amor Ágape: é o amor que caracteriza DEUS. Trata-se do amor que DEUS tem por nós, um amor leal, firme e fiel. Não importa o que o homem faça, o amor de DEUS não aumentará e não diminuirá, simplesmente continuará o mesmo, ou seja, eterno, infinito e imensurável. É um amor tão grande a ponto de ser sacrifical.

“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

O diabo e o amor.

O diabo não conhece, não consegue ter ou praticar o amor. O amor para ele é algo insuportável e, como ele não suporta isso, distorce da seguinte forma:

  • Faz com que o amor philéo seja motivado por interesse;
  • Faz com que o amor eros seja praticado fora do casamento;
  • Faz com que os homens não recebam o amor ágape e tampouco vivam e distribuam esse amor.

O amor que vem de DEUS.

Ao falarmos do amor de Deus, estamos nos referindo a um amor santo e, para cumprirmos o grande mandamento de amar nossos inimigos, precisamos viver na ação do ESPÍRITO SANTO e não na da carne.

“DEUS é luz, e não há nele treva nenhuma.” (1 João 1:5)

 “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13)

Esse amor não vem naturalmente após a nossa conversão a JESUS CRISTO, mas precisa ser conquistado com luta e perseverança durante a nossa caminhada com DEUS.

A nossa vida aqui na Terra é passageira e toda profecia, palavra, cura, milagre, embora sejam tremendos, um dia desaparecerão, pois são armas atuais que DEUS nos dá. Contudo, o amor é maior que todos os outros dons e somente ele permanecerá, pois quando chegar o dia de vermos ao SENHOR face a face (I Coríntios 13:12) os demais dons, além do amor, não mais serão necessários. Isso faz-nos concluir que assim como DEUS, o amor também será eterno.

O amor é tão importante em nossas vidas que JESUS resumiu todos os mandamentos em apenas dois:

“E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22:34-40)

O amor leva-nos automaticamente ao cumprimento de todos os demais mandamentos e leis do SENHOR. Nós temos de amar a todas as pessoas, mas JESUS estabeleceu uma sequência (um ranking):

1º lugar ® DEUS

2º lugar ® próximo

Mas por que devemos frequentar uma igreja?

Muitas pessoas dizem: “por que eu tenho de ir à igreja se eu já amo e faço o bem ao próximo?”. Temos pelo menos quatro respostas para isso:

1 – O SENHOR ordena a sua benção e a sua vida onde há união entre os irmãos. DEUS criou o ser humano para viver em comunhão, sendo essa uma característica e necessidade natural do homem. O isolamento do convívio social é consequência de depressão, egoísmo, orgulho, dentre tantos outros problemas causados pelo pecado e pela influência maligna. O relacionamento entre pessoas é necessário e a Igreja representa esse convívio: pessoas diferentes, que possuem funções distintas, constituindo o Corpo de CRISTO, sendo Ele mesmo o cabeça e as pessoas, os demais membros desse Corpo.

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos (…) Ali ordena o SENHOR a sua benção, e a vida para sempre.” (Salmo 133:1 e 3)

2 – A igreja é uma ordenança de JESUS, sendo que o inferno não prevalece sobre a cobertura espiritual da igreja. A bíblia não nos diz que o inferno não prevalece sobre a cobertura espiritual de homens. Por esse motivo precisamos estar debaixo da cobertura espiritual de uma igreja de JESUS.

“Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)

3 – Claro que se nós, na intimidade dos nossos quartos e casas, buscarmos a DEUS, Ele se manifestará. Isso, porém não nos isenta da responsabilidade de congregarmos em uma igreja. Ou seja, precisamos buscar tanto nas nossas casas quanto na igreja.

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” (Mateus 18:20).

4 – existe o “princípio do copo e da jarra”. No mundo, se alguém “pisar na bola” sucessivamente com o outro, chegará um momento em que haverá uma explosão nessa relação. Para que isso não aconteça, é necessário que enchamos o nosso copo e a nossa jarra para que consigamos amar as pessoas. Amar quem nos ama é fácil, porém amar quem nos faz o mal somente é possível através de DEUS. Tudo o que DEUS fez nas ordenanças e mandamentos não são para Ele, e sim para nós.

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de DEUS; e todo aquele que ama é nascido de DEUS e conhece a DEUS. Aquele que não ama não conhece a DEUS, pois DEUS é amor. Nisto se manifestou o amor de DEUS em nós: em haver DEUS enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a DEUS, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se DEUS de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a DEUS; se amarmos uns aos outros, DEUS permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu ESPÍTITO. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que confessar que JESUS é o Filho de DEUS, DEUS permanece nele, e ele, em DEUS. E nós conhecemos e cremos no amor que DEUS tem por nós. DEUS é amor, e aquele que permanece no amor permanece em DEUS, e DEUS, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a DEUS, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a DEUS, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a DEUS ame também a seu irmão.” (1 João 4:7-21)

  • Amor a DEUS

Precisamos amar a DEUS em primeiro lugar porque é dEle que vem o nosso suprimento e capacitação. Se amarmos as pessoas acima de DEUS, poderemos tropeçar, decepcionar-nos a qualquer momento, pois todos nós, sem exceção, somos falhos. Quando amamos ao SENHOR acima de todos e de tudo, recebemos grande proteção e livramento, além de sermos cheios pelo ESPÍRITO SANTO. O amor é uma atitude que constrange as pessoas, pois o mundo não está acostumado a isso; o amor de DEUS, então, constrange-nos a tal ponto de não mais suportarmos a sujeira em nossa vida.

Se um dia suportarmos viver sem DEUS, algo estará errado e o melhor será revermos os nossos valores.

Sem doação de tempo não existe amor verdadeiro e essa doação pode ser feita através de uma oração, leitura da Palavra, escrevendo uma carta para quem se ama, telefonando, etc. O homem precisa criar uma determinada disciplina em seu relacionamento com DEUS, investindo e administrando o tempo que tem, para que consiga crescer em amor com Ele.

 

Doar tempo para DEUS é diferente de fazer a obra dEle, pois podemos trabalhar para DEUS sem, contudo, estarmos efetivamente com Ele, o que nos torna pessoas frias, duras e secas. Maior é a obra que DEUS vai fazer na nossa vida do que a obra que DEUS vai fazer ATRAVÉS de nossas vidas. Esse tempo que DEUS quer de nós é algo íntimo e pessoal; momento em que seremos cheios, em que Ele encherá nossos copos e jarras, para que possamos distribuir esse mesmo amor ao mundo.

DEUS entregou os mandamentos ao homem para que fossem cumpridos e eles são ORDENS de DEUS; o primeiro deles é para que amemos a DEUS acima de todas as coisas.

“Amarás, pois, o SENHOR teu DEUS de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6:5)

Amar a DEUS faz com que o cristão tenha experiências através de alguns fatos:

  • Correspondência: o amor passa a fazer parte de ambos os lados do relacionamento. O homem passa a corresponder o amor transmitido originalmente por DEUS. Pelo fato de DEUS ter nos amado primeiro, somos capazes de amar a DEUS e também as pessoas.

“Nós amamos porque Ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)

  • Ser conhecido: quando o cristão manifesta o seu amor a DEUS, ele prova para o SENHOR que independentemente do que ocorra, a sua vida continuará nas mãos dEle.

“Mas, se alguém ama a DEUS, esse é conhecido dele.” (1 Coríntios 8:3)

  • Receber livramento: há uma promessa de livramento para aqueles que amam a DEUS.

“Porque a Mim se apegou com amor, Eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome.” (Salmo 91:14)

  • Viver o propósito de DEUS: quando amamos ao SENHOR acima de todas as coisas, sempre estaremos confiantes, qualquer que seja a situação que estivermos enfrentando. Isso permite-nos enxergar o PLANO COMPLETO de DEUS para nós, ao invés de enxergarmos apenas o plano imediato.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)

  • Ser abençoado: DEUS ama abençoar todo seu povo, principalmente aqueles que O amam.

“E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso DEUS, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite. E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás.” (Deuteronômio

11:13-15)

  • Ser obediente: como resultado do nosso amor a DEUS, desenvolvemos uma profunda obediência a Ele.

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.” (João 14.15)

Aqui está um versículo chave para o entendimento do que é amar a DEUS: aquele que verdadeiramente O ama, coloca-O sobre tudo e todos, fazendo exatamente o que Ele deseja e isso sempre com obediência e humildade.

“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me (agapos) mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (phileo). Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me (agapos)? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (phileo). Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez:

Simão, filho de João, amas-me (phileo)? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo (phileo). Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.” (João 21:15-17)

Os termos “ágape” e “philéo” são igualmente traduzidos para o português como “amor”, mas vimos que essas duas palavras gregas têm significados diferentes: o último verso mostra-nos Pedro constrangido, admitindo para JESUS que ele ainda tinha o amor “philéo” e JESUS já sabia disso. A partir da habitação do ESPÍRITO SANTO, Pedro teria à sua disposição o amor “ágape”, pois este nada mais é do que o amor de DEUS dentro de nós. O fato de Pedro ter negado a JESUS não queria dizer que não O amasse, mas que ainda não possuía o amor incondicional, uma vez que ele não estava disposto, naquele momento, a morrer por esse amor. Após a ascensão de JESUS e a descida do ESPÍRITO SANTO, Pedro passa a ser morada de DEUS e o amor “ágape” consegue ser desenvolvido no caráter dele. Vemos, então, que o mesmo homem que negara JESUS, declarava com intrepidez a mensagem do Evangelho, sem temer a prisão ou açoites (ver em Atos 4:1-20).

Quando a pessoa permite que o ESPÍRITO SANTO habite nela, ela lutará para andar em Espírito, manifestando nesse caso especificamente, o fruto do amor (ágape). Aquele, então, que negava a DEUS através de suas atitudes, passa a ter firmeza e intrepidez diante das situações, colocando o amor a DEUS sobre todas as coisas em sua vida! Aleluia!

  • Amor ao próximo:

Amar o próximo é o segundo mandamento que DEUS deu ao homem, sendo igualmente necessário destinar-lhe tempo e demonstrar a importância deste em sua vida.

“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:39)

“Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5:43-46)

O amor é uma atitude e não um sentimento, como o mundo prega, por isso, ESCOLHEMOS amar, ao invés de esperarmos um sentimento brotar para que passemos a ter atitudes de amor. Nossa carne e alma são incentivadas por satanás a amar somente as pessoas que “merecem”, mas, sendo um fruto do ESPÍRITO SANTO em nossa vida, nosso amor será capaz de alcançar, inclusive, nossos inimigos. O verdadeiro amor não deseja o mal e nem se alegra, até mesmo quando o inimigo cai ou perece, antes, busca sempre o bem e jamais acaba.

O amor nunca falha!

“Quando os caminhos do homem agradam ao SENHOR, faz que até os seus inimigos tenham paz com ele.” (Provérbios 16:7)

“Se alguém diz: Eu amo a DEUS, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a DEUS, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama a DEUS ame também a seu irmão.” (1 João 4:20 e 21)

  • Amar a si mesmo:

É destinar tempo a si mesmo, aproveitando ao máximo a vida que DEUS te deu.

“Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR, teu DEUS, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu DEUS, todos os dias. Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o SENHOR, teu DEUS, escolher para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu DEUS, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o SENHOR, teu DEUS, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu DEUS, e te alegrarás, tu e a tua casa.” (Deuteronômio 14:22-26)

Além de entregar primeiramente o dízimo para o SENHOR, DEUS nos orienta a separarmos um dízimo para nós mesmos, fazendo tudo o que quisermos desde que esteja de acordo com a vontade dEle. Existe um segredo espiritual em se entregar as primícias para DEUS: a partir dessa atitude, ELE vai dar-nos toda a direção para amarmos ao próximo e a nós mesmos. Precisamos entregar as primícias do nosso TEMPO e da nossa VIDA para DEUS.

A expressão “amarás a teu próximo como a ti mesmo” é mencionada na bíblia por Moisés, Paulo, Tiago e, claro, por JESUS. Um tipo adequado de amor próprio é a base normal do relacionamento com os outros. Em nenhum momento DEUS diz para que odiemos ou negligenciemos a nós mesmos, ou que nos auto-depreciemos.

Autonegação não significa negarmos nosso valor próprio, mas sim negarmos nossa vontade própria, abandonando a busca da nossa glória. A crucificação do eu é a nossa disposição em renunciar o nosso ego carnal, rendendo-nos a DEUS, para que os dons sejam manifestos na nossa vida de acordo com a vontade DELE; não significando que renunciaremos ou depreciaremos os dons que Ele deu-nos.

A auto-estima cristã descansa no firme fundamento de sabermos que somos aceitos, amados e apreciados pelo próprio DEUS. Esse conhecimento gera em nós uma humildade que nasce da gratidão pela graça imerecida de DEUS, e que dEle provém. Sentimentos de inferioridade, insegurança, medo e inadequação não vêm de DEUS, mas de satanás, como uma falsificação da verdadeira humildade.

“O segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12:31)

“Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também.” (Lucas 6:31)

Muitas vezes não conseguimos amar o nosso próximo e nem a DEUS porque não temos amor por nós mesmos. Muitos são os traumas e experiências duras durante nossas vidas, as quais satanás usa para que nos consideremos pessoas sem valor. Até mesmo nossa família pode ser usada pelo inimigo para que nos sintamos desprezados. Mas o SENHOR disse: “ainda que teus pais te abandonem, Eu te recolherei.” (Salmo 27:10).

“Porque eu sou o Senhor teu DEUS, o Santo de Israel, o teu Salvador; por teu resgate dei o Egito, e em teu lugar a Etiópia e Seba. Visto que foste precioso aos meus olhos, e és digno de honra e eu te amo, portanto darei homens por ti, e es povos pela tua vida.” (Isaías 43:3 e 4)

Só podemos dar o que temos: se não temos amor por nossa própria vida, não podemos amar os outros. O primeiro passo é receber o grande amor de DEUS e a cura para toda enfermidade da alma.

“(…) porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13:5b)

Ainda que você tenha imperfeições, lembre-se que DEUS te ama, e pagou um alto preço para provar esse amor. Quando somos cheios de amor, conseguimos praticar os mandamentos de JESUS.

Não existem condições para o amor de DEUS.

Todo cristão é um pecador incondicionalmente amado por DEUS. Não se deve condicionar o amor de DEUS às ações humanas, mas quando o cristão reconhece e aceita esse fato como real, entra na esfera do amor de DEUS, tornando-se igualmente amoroso. O amor a DEUS, ao próximo e a si mesmo, são derivados do próprio amor de DEUS. O amor de JESUS deve ser nossa motivação de vida e principal característica, para que possamos realmente seguir a CRISTO, pois é incrível o que DEUS fez por nós, a prova de amor que Ele nos deu: você ofereceria a vida de seu filho por outro homem?

Motivado por amor, DEUS, mesmo sem ter obrigação nenhuma, optou em ofertar o Seu Filho para nos salvar, oferecendo-O a todas as pessoas, quer elas aceitem esse sacrifício ou não. Que em nossas vidas manifeste-se o amor a DEUS, ao próximo e a nós mesmos.

Hoje não vivemos debaixo da lei, mas sim debaixo da graça; o que significa dizer que somos salvos pela graça de DEUS, através do sacrifício de JESUS na cruz e não pelas obras da lei. Vivemos, contudo, para cumprir a mais importante lei: do amor. Se a cumprirmos, estaremos cumprindo todas as demais. Não há dúvida de que o amor é o centro em torno do qual giram todos os mandamentos e direções das escrituras, sendo também o princípio que lhes dá o seu significado. Hoje, não é suficiente que evitemos assassinar, adulterar ou roubar, pois agora os mandamentos são outros; necessário é que não guardemos rancor, não sejamos lascivos e nem gananciosos. Essas são as novas exigências, que podem ser cumpridas através do ESPÍRITO de DEUS. Conseguimos amar porque primeiro somos amados pelo SENHOR, recebemos o Seu amor para poder transmiti-lo aos outros e a Ele mesmo. Amamos a DEUS por causa do Seu amor. Aconteça o que acontecer em nossas vidas, jamais deixaremos de ser amados por Ele.

“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem os condenará? É CRISTO JESUS quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de CRISTO? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS, nosso SENHOR.” (Romanos 8:31-39)

O amor de DEUS é incondicional e nada pode separar-nos desse amor!

Questões relacionadas ao estudo.

1) Descreva o tipo de amor que caracteriza DEUS.

2) JESUS resumiu todas as leis em duas. Quais?

3) Com suas palavras, por que devemos amar a DEUS em primeiro lugar?

4) Como podemos amar o próximo?

Aula prática.

Durante sua semana demonstre de forma concreta como você tem amado a DEUS, por exemplo, investindo tempo com Ele em adoração, em oração e leitura da palavra, amando ao próximo, através de palavras e de tempo gasto e amado a si mesmo por meio da valorização suas qualidades e bênçãos espirituais e materiais que DEUS te deu.

Fonte: Igreja Bola de Neve

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis

Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

 

MERGULHANDO NO PODER DAS PALAVRAS

Deus criou o universo, os céus, a terra e tudo o que há nela; criou também o mundo espiritual, estabelecendo todas as leis e princípios que o regem. DEUS criou tudo através da palavra liberada e, por meio de um comando verbal, o que estava sem forma e vazio, transformou-se em algo com vida. Foram palavras de vida lançadas por Ele.

“No princípio, criou DEUS os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas. E disse DEUS: Haja luz. E houve luz.” (Gênesis 1:1-3)

 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com DEUS. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” (João 1:1-3)

O verbo dá-nos a idéia de uma palavra de ação, com capacidade de mudar totalmente o sentido de algo. JESUS representa o Verbo de DEUS e, através dEle, tudo se fez.

Palavras liberadas têm o poder de influenciar.

DEUS deu ao homem autoridade nas suas palavras; autoridade essa que lhe permite abençoar ou amaldiçoar. Ao longo da bíblia, podemos ver quão sério é isso, pois são várias as orientações feitas pelo SENHOR quanto ao falar, visto que as palavras podem causar vida e morte. A palavra que sai da boca é uma forma do homem relacionar-se com o seu próximo, com o mundo espiritual e com DEUS, sendo um meio de ordenar fenômenos e idéias, uma forma de comunicação e um meio de obter domínio ou exercer influência, na forma de benção ou maldição.

Não precisamos ir muito longe para notarmos o quanto as palavras exercem influência sobre circunstâncias ou pessoas. Programas de televisão, sejam de auditório, jornalísticos ou novelas, têm força influenciadora sobre o comportamento e opinião dos que os assistem. Por meio de palavras liberadas, podemos ser influenciados a mudar a nossa própria postura e opinião. Selecionar aquilo que se ouve e assiste, determina a sua influência: programas de qualidade beneficiarão seu caráter, programas inúteis e cheios de malignidades, por sua vez, te prejudicarão e contaminarão, influenciando negativamente o seu caráter.

Quando escutamos os cultos de nossa igreja, podemos ser influenciados, pois as palavras que fluem do altar têm poder e autoridade de alimentar-nos espiritualmente; a idéia do sermão atinge-nos e leva-nos a mudar o nosso caráter de acordo com a vontade de DEUS. Todo pregador, então, ciente do poder que DEUS deu às suas palavras e tendo responsabilidade ao lidar com isso, deve deixar DEUS conduzir os cultos, afinal, uma palavra infeliz liberada do altar também pode influenciar negativamente o caminhar de alguém com CRISTO.

Podemos, também, ser influenciados por aulas assistidas na faculdade, em algum curso, na escola bíblica, pois as palavras lançadas pelos professores possuem poder de transformação e persuasão.

Para todos os casos citados acima, as palavras podem ser boas ou ruins. Toda a palavra pode ser expressa na forma de benção ou de maldição.

As palavras acionam o mundo espiritual.

O mundo natural ou físico reflete os acontecimentos do mundo espiritual, por isso, as palavras que saem da nossa boca, boas ou más, acionam o mundo espiritual para realização de algo no físico ou natural. Elas têm poder de ligar e desligar fatos no mundo espiritual.

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.” (Mateus 18:18)

Tendo em vista que nossas palavras têm o poder de ligar e desligar acontecimentos no mundo espiritual, por intermédio delas liberamos e também recolhemos palavras do mundo espiritual.

Por exemplo, vamos imaginar que uma pessoa lança a seguinte palavra sobre uma criança: “olha como ela é bonita, desse jeito, terá vários namorados, terá o homem que quiser aos seus pés, será tão desejada, que vai ficar rica com isso!”. Esse tipo de frase pode até parecer inocente e sem problemas, mas, a partir do momento que entendemos o funcionamento do mundo espiritual, essa frase tem o efeito de uma sentença de maldição sobre a criança. Se essas palavras não forem quebradas e recolhidas das regiões espirituais, haverá sobre essa vida uma maldição relacionada, entre outras coisas, à sensualidade, à prostituição, à promiscuidade, à vulgaridade.

O nosso inimigo não respeita as boas intenções, não respeita nada, a não ser a autoridade espiritual constituída por DEUS. Quando ele encontra palavras de maldição no mundo espiritual, usa essas mesmas palavras contra quem as falou e contra o alvo de tais palavras, sem jamais verificar a intenção daquele que as pronunciou: se boa, se má, se num momento de explosão, etc. Para uma palavra maldita liberada, faz-se necessário o seu recolhimento e a quebra do poder, para que satanás não tenha legalidade de usá-la. As palavras recolhidas e sem efeito de ação, devem ser entregues nas mãos de DEUS, para que Ele dissipe-as.

Quebrar maldições e liberar bênçãos.

Para cada maldição quebrada, precisamos, em seguida, liberar uma palavra de benção. No exemplo dado anteriormente, podemos declarar que a menina realmente é bonita e sempre será; terá o melhor marido para ela, ambos serão prósperos e felizes, sempre no centro da vontade de DEUS.

Quando proferimos palavra aqui no plano natural, ligamos também no plano espiritual, fazendo com que esse decreto retorne para o natural de forma concreta; ao desligarmos uma palavra aqui no plano físico, desligamos no espiritual, e a sentença não mais recai no mundo natural. Sendo assim, precisamos ligar as palavras de benção aqui na terra para que sejam ligadas no céu.

Toda palavra liberada deixa a nossa boca “carregada de determinado poder”: benção ou maldição. Uma palavra bem colocada ou aplicada pode mudar; transformar e erguer uma vida, mas se esta for mal aplicada ou colocada, poderá mudá-la negativamente.

As palavras são matérias-primas.

Tudo o que falamos é matéria-prima para o mundo espiritual, concedendo legalidade para que nossas palavras sejam pegas e usadas, uma vez que elas geram fatos, acontecimentos em nossas vidas e na dos outros. Não é por menos que satanás briga tanto para ter o controle do nosso falar.

Dessa forma, quando liberamos uma palavra de maldição, ela torna-se matéria-prima no mundo espiritual, leva a maldição para aquele sobre quem a proferimos e, ao mesmo tempo, atrai essa maldição sobre nós.

Não é diferente com a benção: ao liberarmos uma palavra de benção, ela torna-se matéria-prima no mundo espiritual, leva a benção para aquele sobre quem a proferimos e, ao mesmo tempo, traz essa benção sobre nós. Atrairemos para nossa vida aquilo que liberarmos no mundo espiritual: benção ou maldição.

“Nem no teu leito amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as aves dos céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícias das tuas palavras.” (Eclesiastes 10:20)

 “Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar.” (Gênesis 12:3)

As palavras liberadas por nossas bocas trazem à existência no mundo natural aquilo que já existe, ou que acaba de existir, no mundo espiritual.

As palavras são sementes.

Nossas palavras são como sementes no mundo espiritual; os anjos de DEUS e os demônios são como lavradores, que as pegam, plantam e aguardam a colheita.

“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” (Provérbio 18:21)

Quando um lavrador efetua o plantio, ele não retorna no mesmo dia com o fruto, e nem nos dias seguintes, pois toda semente tem um tempo para cultivo, podendo esse tempo ser de um, dois, três meses ou até quase um ano inteiro. Da mesma forma ocorre no mundo espiritual quando lançamos nossas palavras nele: se lançarmos sementes de benção, o fruto será de benção e se lançarmos sementes de maldição, os frutos serão de maldição; todos colhidos dentro de um determinado tempo no mundo espiritual. Portanto, se utilizarmos bem nossas palavras, saborearemos o fruto de vida que isso nos trará, por outro lado, se utilizarmos nossas palavras de forma ruim, experimentaremos um fruto amargo e podre.

Todos nós prestaremos contas a DEUS.

Temos uma grande responsabilidade diante de DEUS: prestar contas por toda palavra que sair da nossa boca.

“Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a DEUS.” (Romanos 14:12)

 “Digo-vos, pois, que de toda palavra frívola que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.” (Mateus 12:36 e 37)

Tudo que falarmos em vida será exposto no dia da nossa prestação de contas diante de DEUS e nossas palavras O ajudarão a julgar-nos de forma justa e imparcial.

Temos de considerar também nossos pensamentos, pois o problema não está somente em lançar palavras no mundo espiritual. Embora somente DEUS conheça nossos pensamentos e satanás e seus demônios não possam lê-los, eles podem, porém, tentar adivinhá-los através de nossas reações diante das mais diversas situações. Sendo assim, quando pensamentos de maldição ocupam a nossa mente, não sendo repreendidos ou expulsos, passamos a alimentá-los e, em pouco tempo, o que estava somente na mente passa a ocupar tanto o coração, quanto a boca, sendo geradas palavras ao mundo espiritual. É impossível uma pessoa permanecer somente com o pensamento contaminado sem que estes saiam em forma de palavras.

Nem no teu leito amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as aves dos céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícias das tuas palavras.” (Eclesiastes 10:20)

O rei Salomão, o mais sábio que o mundo já teve, instruiu-nos a não amaldiçoarmos em hipótese alguma, seja em público ou no lugar mais reservado que há, onde homem nenhum tem acesso: no coração. Alertou-nos que as aves do céu e aqueles que têm asas trabalhariam sobre as nossas palavras, isto é, o mundo espiritual e os anjos fariam e fazem com que nossas palavras sejam descobertas e ecoadas. Visto esta ser uma verdade espiritual, devemos zelar para que nossas palavras sejam sempre sementes férteis, para transformar situações, quebrar sentenças de maldições e decretar as bênçãos de DEUS.

As palavras revelam a nossa fé.

As palavras que saem da boca funcionam como um termômetro da fé. Visto que a fé vem pelo escutar a palavra de DEUS, quanto mais palavras abençoadas saírem da nossa boca, maior será a nossa fé e também a fé de quem está ouvindo.

Quando escutamos um testemunho de cura, por exemplo, essas palavras geram em nós um aumento de fé. Imagine alguém que está com uma doença e escuta um testemunho de cura da mesma enfermidade que a dele; isso pode ser o ânimo que faltava para sua fé gerar a cura de DEUS. Se DEUS curou um, ele pode e quer curar tantos quantos estiverem necessitados.

Controlando a língua.

Em virtude de todos esses fatos citados é que satanás briga para ter o controle de nossa boca e língua, sendo a língua um pequeno órgão com capacidade de gerar grande impacto em nossa vida, exercendo controle sobre todo o nosso corpo. Quando conseguimos dominá-la, podemos perfeitamente dominar nosso corpo.

“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a DEUS e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de DEUS: de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” (Tiago 3:1-12)

A língua foi criada para ser uma fonte de grandes bênçãos, mas influenciada pelo pecado, ela pode disseminar uma série de males. E para que o cristão domine verdadeiramente este órgão tão pequeno, é necessária uma vida de santidade diante de DEUS.

Aquilo que nos influencia vai determinar como utilizaremos a nossa língua, visto sua utilização dar-se em função das influências que recebemos: o maligno pode influenciar-nos no mau uso da língua, gerando em nós o pecado. O ESPÍRITO SANTO, por outro lado, pode influenciar-nos no bom uso dela, gerando vida. Por exemplo: fofocar ou pregar do evangelho de JESUS? Morte ou vida?

“Há tagarela cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz saúde.” (Provérbio 12:18)

Da boca podem sair palavras que servem de remédio ou outras que são como uma arma: ferem e matam o próximo. O que deve sair de nossa boca? Remédio ou ferida? Vida ou morte? Edificação ou destruição? Benção ou maldição? Quem deve usar a nossa boca? DEUS ou satanás? Ao bendizermos, estamos permitindo que DEUS fale através de nós, mas, ao maldizermos, permitimos que satanás o faça.

Fofocas

Fofoca é uma contaminação da mente, do coração e da boca, através da qual usamos nossas palavras para falar mal de uma pessoa que não está presente para defender-se. A fofoca tem um poder de destruição incrível, pois aquilo que é falado não serve para edificação de ninguém, mas somente para difamação, julgamento e distorção de fatos. Ao praticarmos isso, estamos desonrando e julgando a pessoa sobre quem falamos, disseminando uma espécie de veneno. Esse veneno, chamado fofoca, é amplamente divulgado nos programas vespertinos da televisão, por exemplo.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz.” (Tiago 4:11)

As consequências podem ser grandes e de difícil controle. Quem faz a fofoca pode ser perdoado, mas na maioria das vezes não consegue conter os danos que causou. A fofoca mata, pois tem poder de destruir a vida da pessoa e a sua reputação. Tudo o que levou anos para ser conquistado, pode ser destruído através de uma fofoca. Uma pessoa pode até ter errado, mas não existem justificativas para espalhar a notícia desse erro de forma a expô-la. O fofoqueiro possui um coração tendencioso ao mal e a ver a queda do seu próximo.

DEUS sabe que somos pecadores, Ele perdoa-nos, ajuda-nos a não errarmos mais e não espalha nossos erros para todos. É dessa mesma maneira que devemos ser com nossos irmãos: olhar os outros através da misericórdia e do amor de DEUS. Já pensou se DEUS fizesse fofoca dos nossos erros?

“O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos.” (Provérbio 17:9)

DEUS faz de tudo para que o erro cometido, isto é, o pecado, seja resolvido, mas quando não queremos mudar as nossas atitudes, aí sim as outras pessoas vão percebendo, toda a falha de caráter vem à tona e as consequências virão, mais cedo ou mais tarde.

DEUS dá-nos inúmeras chances para nos arrependermos de nossos erros, mas quando desprezamos essas chances, os pecados que até então eram segredos tornam-se conhecidos e descobertos. DEUS usa essa situação para correção, disciplina e futura honra, mas satanás usa essa mesma situação para acusação, opressão e vergonha.

Uma maneira interessante de sabermos se o que iremos falar é fofoca ou não, é passar por três peneiras:

► 1ª peneira: o que iremos falar é bom e verdadeiro?

► 2ª peneira: o que iremos falar vai edificar a vida do nosso irmão?

► 3ª peneira: o que iremos falar vai melhorar a situação dos envolvidos?

Caso não passe nesse teste, o melhor a fazer é controlar a nossa boca e a nossa língua. Mas como agir caso um irmão venha até nós para fazer uma fofoca?

Devemos pedir ao irmão que coloque-se no lugar daquele que é alvo da fofoca, compreendendo-o com olhos de misericórdia;

Caso o irmão não aceite, devemos pedir a ele para irmos até o outro e juntos orarmos buscando o perdão;

Caso, ainda assim, ele não aceite, devemos mostrar a nossa posição contrária à situação e alertá-lo desse mal.

Se tivermos um problema entre irmãos em nossas mãos, para o qual não encontramos a solução, podemos levá-lo aos nossos líderes, sem que isso seja considerado fofoca. Podemos, por exemplo, contar os fatos sem citar nomes. Desabafar com seu líder é buscar edificação, procurar em mãos seguras a solução para um problema. Bem-aventurado é aquele que pacifica a situação. Sejamos agentes de paz e não de guerra!

Murmuração

A murmuração acompanha a fofoca e é algo bem sutil aos próprios olhos, a pessoa não percebe que está murmurando. Murmurar é desanimar o próximo, ficar reclamando da vida para os outros, falar mal de DEUS, falar mal dos outros, é reclamar de tudo e de todos: nada está bom, tudo é complicado demais, nada vai dar certo. Murmurar também é falar baixinho, falar para si mesmo e, às vezes, a pessoa chega a ponto de falar sozinha, sem perceber que está murmurando; acaba acostumando-se a fazer isso, tornando-se um vício e, como ocorre em todo vício, ela será a última a notar, criando um grande problema para si mesma.

O murmurador contamina a si mesmo e àquele que permanece escutando, por isso, se você estiver na companhia de uma pessoa murmuradora, não permita que ela tome o controle da palavra e, antes que ela fale, fale você! Convença-a que ela pode mudar; seja você aquele que influencia e não o contrário.

Toda murmuração é condenada pelo SENHOR, pois é uma atitude de contestação e incredulidade diante de DEUS.

“E os homens que Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra, Aqueles mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante o SENHOR. Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida.” (Números 14:36-38)

Esse texto nos diz que enquanto todo o povo de Israel murmurava, duas pessoas, Josué e Calebe, não caíram nesse erro e essa atitude, permitiu que eles continuassem vivos até a conquista da terra prometida. Ninguém da primeira geração do povo que estava no deserto, com exceção deles, chegou a terra, porque as suas murmurações não permitiram. Josué e Calebe, porém, enxergavam com os olhos da fé, não paravam diante do problema ou reclamavam, mas, antes, fixavam seus olhos na grandeza de DEUS. Por esse motivo, DEUS honrou a postura deles, bem como sempre honrará aquele que o permanece firme nas dificuldades.

Palavras de murmuração atrasam as bênçãos e impedem a ação de DEUS em nossas vidas: o que poderia ser feito em um curto espaço de tempo pode prorrogar-se por longos anos, não sendo por culpa de DEUS, mas por nossa; por culpa da nossa murmuração, incredulidade e impaciência. A murmuração sempre nos leva a tomar decisões próprias, sem consultar a DEUS; ela leva-nos a um caminho enganoso.

“Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil.” (Números 21:4 e 5)

“As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o SENHOR.” (Êxodo 16:8)

Na realidade, toda murmuração é feita contra o próprio DEUS, pois toda vez que murmuramos a respeito de alguém, de uma situação ou de nós mesmos, estamos murmurando contra DEUS e contra os seus planos. A cada murmuração, afastamo-nos de DEUS e cedemos espaço para que o inimigo consiga, de alguma forma, influenciar-nos e prejudicar-nos.

“Não murmureis como alguns murmuraram, e foram destruídos pelo exterminador.” (1Coríntios 10:10)

O apóstolo Paulo exortou a igreja de coríntios lembrando do que havia acontecido com a nação de Israel após a rebelião liderada por Coré contra os líderes levantados por DEUS – Moisés e Arão. Toda rebeldia contra autoridades levantadas por DEUS significa rebeldia contra o próprio DEUS, e isso resulta em juízo sobre a vida do rebelde. E qualquer ação do inimigo é amparada pela brecha espiritual e pela justiça de DEUS.

Quando a pessoa murmura, ela automaticamente cede espaço ao inimigo e se distancia de DEUS. Quando a pessoa não murmura, mas glorifica a DEUS em qualquer situação, ela automaticamente paralisa a ação do inimigo e se aproxima de DEUS.

Quer saber o quanto a murmuração esgota a paciência de qualquer um? Experimente permanecer ao lado de alguém que só sabe reclamar da vida, e que em tudo exalta os problemas e as dificuldades. É duro de suportar por muito tempo. Agora, pense na hipótese desse murmurador ser nós, qual seria a opinião de DEUS sobre nossa vida?

Calúnia

A Calúnia é uma notícia mentirosa, falsa e inventada a respeito de alguém, ferindo a honra de uma pessoa.

“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” (Êxodo 20:16)

Ninguém deve fazer declarações falsas a respeito do caráter ou dos atos de outra pessoa, devemos, porém, falar de modo justo, honesto e sempre verdadeiro a respeito de quem quer que seja, pois DEUS deu-nos a direção de não testemunhar falsamente contra o próximo. Essa direção serve para proteger o nome e a reputação de cada um.

“Não espalharás notícias falsas (…) Da falsa acusação te afastarás…” (Êxodo 23:1 e 7)

DEUS é o único apto a julgar de forma totalmente imparcial e infalível qualquer pessoa ou situação, por isso, não podemos nos colocar no lugar dEle, querendo exercer o papel de juiz sobre alguém. Aquele, porém, que calunia está automaticamente julgando as pessoas, contudo, DEUS não nos chamou para isso.

O caluniador denigre a imagem de alguém, podendo até ser responsabilizado por crime. Atualmente, são inúmeros os processos em andamento na justiça por calúnia. Isso é resultado do hábito ruim que as pessoas desenvolveram de falar inverdades a respeito dos outros, movidas por desejos de competição, ganância, cobiça ou pela maldade, por si só.

Boato

O boato é uma notícia anônima que se espalha publicamente, que normalmente visa sujar a imagem de alguém, porém, é uma informação sem que haja uma confirmação real dos fatos que foram levantados. Boato é o tão conhecido diz-que-me-diz.

“Pois não têm eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam.” (Salmo 5:9)

Ainda que um fato seja verdadeiro, não devemos espalhá-lo por aí, pois seria uma fofoca; se não temos certeza, então, menos ainda teremos o direito de falar a respeito. Essa atitude, com certeza, procede de um coração impuro.

“Não espalharás notícias falsas.” (Êxodo 23:1)

Aquele que espalha boatos perde a credibilidade, a confiança, a fidelidade e, também, a amizade. Você não contaria sua vida para alguém que tem por costume espalhar boatos, pois, caso isso acontecesse, fatalmente, a amizade terminaria. Isso não ocorre somente diante das outras pessoas, mas também diante de DEUS, pois Ele não se agrada de boatos. Sendo assim, tudo o que sair da nossa boca deve ser verdade, servir para edificação, testemunho e transformação

Mentira

Quando falamos em mentira, logo pensamos no próprio diabo; uma vez que ele é mentiroso e pai da mentira.

“Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8:44)

Ele mente desde o princípio, foi assim que ele apresentou-se a Adão e Eva e é assim que continua apresentando-se para todas as pessoas existentes, sejam seguidoras de CRISTO ou incrédulas. Toda mentira está diretamente associada com as intenções malignas de satanás, portanto, todo aquele que diz uma mentira, acaba sendo instrumento nas mãos dele.

Os discípulos de JESUS não podem aceitar qualquer tipo de mentira, todos os desejos mentirosos que passam pela mente devem obrigatoriamente ser repreendidos, pois eles entendem a gravidade de uma mentira e esforçam-se, lutando contra essa prática, para que de forma alguma caiam nesse erro.

Há pessoas que, apesar de mentir, sempre procuram uma justificativa para tal prática. Ocorre, porém, que toda a justificativa impede o reconhecimento genuíno do erro e o conseqüente arrependimento, levando à continuidade dessa atitude. Nesse caso, não há mudança e, sem mudança, não há novidade de vida da parte de DEUS.

Não existem mentiras pequenas ou grandes; inofensivas ou nocivas: mentira é mentira em qualquer lugar do planeta e é algo totalmente contrário aos princípios ordenados por DEUS, até mesmo porque, ela pode tornar-se um vício. Isso ocorre quando a pessoa não consegue mais deixar de mentir, chegando ao ponto de usar uma nova mentira para tentar concertar a anterior, ou talvez, considerando a mentira uma atitude normal e inofensiva no seu dia-a-dia. Como acontece com todo viciado, tal pessoa é a última a reconhecer e admitir o seu erro, demorando a perceber que mentira sobre mentira cria uma armadilha tão perigosa, que pode lançar uma pessoa do alto para o chão, de uma hora para outra, sofrendo grande queda, ocasionando imensas dores.

“Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize- lhes: Santos sereis, porque Eu, o SENHOR, vosso DEUS, sou Santo…..Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo.” (Levítico 19:1, 2 e 11)

Infelizmente estamos num mundo que incentiva o uso da mentira como argumento para obter sucesso, à custa do fracasso do outro. Pessoas mentem para conseguir promoções profissionais, por exemplo, e fazem isso porque não confiam e não descansam em DEUS. Elas mentem para ganhar dinheiro, para serem valorizadas e reconhecidas por homens.

Precisamos ser francos e assumir que a mentira também pode estar dentro da igreja: cristãos mentem para serem alvos de elogios e atenções, para se promoverem, para serem considerados pessoas super espirituais; mentem em seus próprios testemunhos e experiências pessoais com JESUS, com o intuito de ver quem é o mais abençoado. Tudo isso é o mesmo que roubar a glória de DEUS; distorcer a maneira como Ele age dentro de uma congregação. DEUS não precisa das nossas fantasias e invenções para ser glorificado. A mentira trás conseqüências desastrosas na vida de quem quer que a pratique. A palavra de DEUS afirma que os mentirosos não viverão a eternidade ao lado dEle.

“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” (Apocalipse 21:8)

Portanto, ao nos apresentarmos diante de DEUS, sejamos um testemunho de verdade, e não de uma vida frágil, falsa e cheia de aparências enganosas.

Palavrão

Palavrão é toda palavra torpe que sai da boca de uma pessoa: palavras repugnantes, obscenas, pesadas e grosseiras que costumam rechear a boca e também o coração daqueles que ainda vivem nas práticas mundanas.

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.” (Efésios 4:29)

O palavrão é aquela palavra que dói aos ouvidos de quem escuta e que contamina a alma, sendo totalmente oposta àquela palavra que trás refrigério e graça. Todo palavrão vem acompanhado de violência, raiva, ódio, ciúmes, vingança, malícia, prostituição, vícios, promiscuidade e morte.

Contenda entre irmãos

A contenda entre irmãos é algo abominável aos olhos de DEUS.

“Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” (Provérbio 6:12- 19)

Quando DEUS abomina algo é porque sente uma aversão a isso. É triste ser observado por DEUS e tido como alguém que pratica o que é abominável a Ele. Nós podemos ser um agente da água ou do fogo: a palha que alastra o fogo ou o balde que o apaga.

“Sem lenha, o fogo se apaga; e não havendo maldizente, cessa a contenda.” (Provérbio 26:20)

Satanás precisa de pessoas aqui na terra para levar os planos de destruição e morte adiante; sem os homens, ele não conseguiria alimentar-se do fruto do pecado. Isso vale para as igrejas também, pois para satanás agir dentro de uma congregação ele, necessariamente, precisa encontrar a porta do coração dos membros, no mínimo, destrancada. Às vezes, ele acha essa porta semi-aberta ou escancarada. Satanás não tem a autoridade por si só e não consegue destruir uma congregação pela sua própria força, na verdade, ele arranca essa autoridade da mão do cristão por meio do pecado. Quando contendemos entre nós, perdemos a autoridade delegada por DEUS e a entregamos na mão do inimigo. Dessa forma, se uma congregação vier a ser destruída, certamente isso acontecerá pelas contendas e competições entre irmãos, situação essa preparada pelo inimigo.

Palavras de maldição

Palavras de maldição são sentenças lançadas sobre uma pessoa ou sobre algo, que de forma intencional ou não, podem causar prejuízos em vários aspectos: sentimentais, financeiros, profissionais, entre tantos outros.

Mesmo quando lançamos palavras ou sentenças de maldição sem a intenção de que realmente se cumpram, visto termos falado na ignorância ou inocência, essas palavras ou sentenças ficam registradas no mundo espiritual, à disposição dos demônios, para utilização. Sendo assim, palavras como sentenças de morte, fracasso, falência, incompetência e tantas outras, devem ser canceladas no mundo espiritual.

É possível quebrar uma sentença contrária às nossas vidas, por intermédio de orações que possam ser ouvidas pelo mundo espiritual, cura interior e libertação. Dessa forma, cancelamos e anulamos todas as maldições, vínculos com as trevas, legalidade dada ao diabo de agir contra nossas vidas ou contra a dos outros. Será que você consegue lembrar-se de alguma dessas frases durante a sua vida?

Palavra de desânimo: “não consigo”; “não tem jeito”; “é melhor eu me conformar com isso”.

Palavra de derrota: “não vai dar certo”; “ele nunca será alguém na vida”.

Palavra de condenação: “ele é assim mesmo”; “sou isso e aquilo”; “nasci para perder”.

As palavras têm poder, por isso, use a autoridade que DEUS te deu através das palavras para transformar todas as maldições em bênçãos. Se as sentenças malditas ainda não foram quebradas na sua vida, faça isso imediatamente por intermédio da oração, pedindo perdão a DEUS e a seu próximo, recolhendo todas as palavras lançadas nas regiões celestiais e entregando-as ao SENHOR: substitua essas sentenças malditas por declarações benditas sobre a sua vida e sobre a vida do seu irmão.

“Mas o nosso DEUS converteu a maldição em benção.” (Neemias 13:2)

O poder de DEUS é indiscutível e infinitamente maior que a força de satanás, por isso, no momento em que Ele quiser, uma maldição pode ser revertida em benção. Contudo, precisamos entender que temos um chamado para guerrear ao lado do SENHOR e Ele conta com uma postura ativa de nossa parte e não omissa ou passiva, cientes de que nossas palavras movem o mundo espiritual a nosso favor, de forma a atrairmos as bênçãos de DEUS.

A seguir veremos de que forma a maldição pode atingir as pessoas:

O Amaldiçoar a si próprio

“Amou a maldição: ela o apanhou; não quis a bênção: aparte-se dele.” (Salmo 109:17)

É comum ter-se a idéia de que a maldição somente vem por meio de alguém que nos amaldiçoa, mas a verdade é que, na maioria das vezes, nós mesmos o fazemos, de forma involuntária e inconsciente. Ao agirmos dessa forma, recebemos as consequências da liberação deste tipo de palavra: “sou idiota, não presto para nada, meu destino é sofrer mesmo, sou azarado, etc”. Tais expressões dão legalidade aos espíritos malignos para agirem conforme o declarado, afetando, inclusive a auto-estima quando, por exemplo, fala-se do corpo: “não gosto do meu cabelo, sou gordo, não tenho nenhuma beleza, etc”. Essas queixas abrem as portas para o maligno agir através da depressão e da tristeza.

Lembrem-se, DEUS deu ao homem a autoridade nas suas palavras. Portanto, precisamos prestar muita atenção com as palavras que saem da nossa boca.

O Amaldiçoar o próximo

Cada cristão deve vigiar sua fala, cuidando para não lançar palavras de maldição contra alguém.

“Pois tu sabes que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros.” (Eclesiastes 7:22)

A maldição pode ocorrer através de poucas palavras, porém, suficientes para trazer desgraça a uma pessoa, considerando que uma palavra errada já pode travar a vida de alguém.

É comum usarmos palavras ou expressões cujo significado verdadeiro desconhecemos. No Brasil, por exemplo, comumente usamos a expressão “danado”, que quer dizer “condenado ao inferno”, assim, ao chamarmos um menino de danadinho, mesmo sem ter a intenção, estamos dizendo ”condenadinho” ao inferno. Ao chamarmos alguém de desgraçado, dizemos que ele não tem a graça de DEUS e, pior do que isso é quando dizemos que um menino é endiabrado.

O Amaldiçoar as autoridades

Vivemos num país que enfrenta sérias dificuldades financeiras, onde a maior parte da população vive em condições econômicas de pobreza ou miséria. Em função dessa dificuldade financeira, o homem está muito propenso a descarregar suas indignações nas autoridades civis, como o presidente, governador, prefeito, vereador, deputado, entre outras e, geralmente, o faz com palavras pesadas e de maldição.

O cristão precisa ter cuidado para não agir de maneira pecaminosa, pois quando os governantes são amaldiçoados, as conseqüências recaem sobre a população em geral.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tiago 4:11-12)

Toda autoridade é constituída sob a vontade permissiva de DEUS, por isso, ao julgá-las ou condená-las, estamos fazendo isso contra o próprio DEUS. A vontade de DEUS é que os governantes sejam abençoados por intermédio de nossas orações, por isso, se virmos algo errado na conduta de um líder civil, devemos orar pedindo que DEUS mude a sua vida e derrame sabedoria sobre ele. A nossa oração faz com que máscaras caiam, a corrupção seja descoberta, a lei penal seja manifesta, entre outras formas de mudanças.

Esse mesmo princípio é aplicado à autoridade espiritual: toda autoridade espiritual foi levantada por DEUS, desde um líder de célula, até o apóstolo de uma igreja, por isso, nosso dever é orar e abençoar.

O Amaldiçoar os filhos

Todos os pais têm como obrigação educar seus filhos a fim de que cresçam em graça e sabedoria diante do SENHOR; utilizando-se, para tanto, palavras edificantes, construtivas e estimulantes, além de ensinarem os valores e princípios instituídos por DEUS.

“Ensina a criança no caminho em que se deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” (Provérbio 22:6)

As crianças, geralmente, são cheias de disposição e energia, o que, em determinados momentos, pode levá-las à desobediência, conduzindo os pais ao lançamento de palavras pesadas sobre elas. DEUS ensina, contudo, os pais a exortarem seus filhos, não descarregando sobre eles seus problemas ou preocupações, em forma de sentenças de maldição ou agressões.

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do SENHOR.” (Efésios 6:4)

Uma vida com fundação sólida inicia-se na própria casa, por meio do exemplo dos pais, uma vez que todo filho toma-os como referencial de indivíduos e casal: aquele que cresce sendo xingado, fará o mesmo com seus filhos e esposa; se viveu num lar cheio de brigas e agressões, levará essas experiências negativas para o futuro lar. Aquele, porém, que cresce observando a paz, o companheirismo, a educação e os valores cristãos em seu lar, tende a reproduzir isso no futuro, fazendo disso seu referencial de vida. Todas as atitudes, palavreados e reações dos pais são observados pelos filhos.

O Amaldiçoar os pais

Pai e mãe são autoridades espirituais sobre os filhos e sobre a casa. Dessa forma, os filhos devem prestar muita atenção ao que DEUS fala sobre isso:

“Filhos, obedecei a vossos pais no SENHOR, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa) para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” (Efésios 6:1-3)

Honrar pai e mãe significa cuidar deles quando for necessário ou a idade exigir, respeitá-los e ser grato por cada esforço e preocupação demonstrados, obedecê-los, de forma a escutar sabedoria e experiência de vida que tenham, é fazer tudo de acordo com as instruções deles, desde que essas mesmas instruções não contrariem a palavra de DEUS. Todas essas atitudes chamam a benção de DEUS sobre a vida dos filhos.

DEUS falou que todos nós daremos conta de tudo aquilo que sair da nossa boca, pois tudo trará consigo uma conseqüência positiva ou negativa, por isso, além da preocupação com o que sai da nossa boca, devemos tomar cuidado para não cairmos numa religiosidade sobre tudo isso, entrando numa paranóia de que as maldições sejam tantas e impeçam-nos de sermos abençoados. Devemos crer que o ESPÍRITO SANTO nos alertará e mostrará toda maldição que deve ser quebrada ou, ainda, DEUS usará profetas, pregações, revelações específicas durante nosso devocional, a fim de alertar-nos. Por isso, é importante mantermos uma vida de intimidade com DEUS, afinal, é Ele quem nos alertará sobre uma eventual maldição, seja uma palavra do passado que ficou registrada nas regiões espirituais ou, ainda, um trabalho de feitiçaria que esteja sendo feito contra a igreja. Existem maldições que DEUS já quebrou e nem ficamos sabendo, bem como há outras que Ele quer revelar-nos, para que as quebremos e, dessa forma, dar-nos experiência, crescimento e discernimento espirituais.

Palavras de bênção

O que DEUS espera de cada um de nós é que façamos um bom uso da boca e da língua. DEUS deu-nos autoridade nas palavras; uma boca para abençoar ao próximo, a si mesmo e bendizer a DEUS.

“E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:3)

O processo é o mesmo tanto para a benção, quanto para a maldição: ao amaldiçoarmos alguém, prejudicamos a vida da pessoa e atraímos a mesma maldição sobre nós, ao abençoarmos, porém, ajudamos a pessoa e a nós mesmos, uma vez que a benção também recai sobre nós.

“Bendito o DEUS e Pai de nosso SENHOR JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em CRISTO.” (Efésios 3:1)

Pensar antes de falar.

O SENHOR ensina-nos a sermos tardios no falar, isto é, devemos pensar antes de falar qualquer coisa, para não sermos precipitados nas nossas declarações, expondo conclusões equivocadas. Essa é uma maneira de usarmos nossa boca, de tal maneira a agradarmos a DEUS.

“Todo homem seja tardio para falar.” (Tiago 1:19)

Por muitas vezes, uma primeira impressão a respeito de um fato, leva-nos a uma conclusão falsa que não corresponde à realidade.

“Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma… Sejam poucas as tuas palavras.” (Eclesiastes 5:2 e 3)

Na condição de cristãos, precisamos deixar que a nossa língua seja totalmente controlada pelo ESPÍRITO SANTO, sabendo falar ou calar no momento certo. As palavras têm poder e autoridade, elas não podem ser jogadas ao vento, é necessário que sejam sérias, com objetivos bem definidos, cheias de autoridade e unção.

Existirão momentos de falar e momentos de se calar; haverá horas que DEUS dirá: “fique quieto e escute”; bem como, existirão horas que Ele dirá: “abra a tua boca, pois quero falar através da tua vida”. O curioso é que haverá mais momentos de escutar do que de falar. Talvez por isso mesmo DEUS tenha nos dado uma boca e dois ouvidos, ao invés de duas bocas e um ouvido.

Assim como num jogo de xadrez, em que o jogador pensa muito antes de mover uma peça, analisando não só o momento, mas o futuro e as conseqüências que sua jogada trará, evitando o erro para obtenção da vitória, uma palavra bem lançada pode levar-nos à vitória, mas se for mal lançada, à derrota.

Muitas confusões, brigas, desunião na família ou no casamento, poderiam ser evitadas se pensássemos antes de falar: quem sabe a família estivesse unida? O filho não tivesse entrado para o mundo do crime? Quem sabe estivesse ainda nos caminhos do SENHOR?

São várias as hipóteses, mas, pelo menos, uma certeza nós temos: as palavras que saem de uma boca bem controlada por DEUS evitam uma série de problemas.

Seria ótimo se pudéssemos voltar ao passado e mudar muitas frases que dissemos, mas infelizmente não existem máquinas do tempo para ajudar-nos e nunca existirão, pois Ele não permite esse poder aos homens e, isso, para que todos saibam que só o SENHOR é DEUS.

As decisões a respeito do tipo de palavras a serem usadas, são tomadas no dia-a-dia e são essas decisões que sinalizarão o nosso futuro. Um futuro de benção e de paz faz-se com o plantio de palavras de benção e de paz. Um futuro de maldição e de guerra faz-se com o plantio de palavras de maldição e de guerra. Há uma boa notícia, contudo: sempre é tempo de mudar, é possível recomeçar e acertar; não precisamos permanecer atolados na lama.

Nossa boca deve ser uma arma sempre engatilhada e pronta a todo instante para atirar e lançar palavras de benção sobre o próximo, sobre nós e sobre o nosso DEUS.

Palavras de incentivo: “Irmão, você vai conseguir, você é uma benção!”.

Palavras de vitória: “Eu sou mais que vencedor em Cristo JESUS, eu vou conseguir!”.

Palavras de conforto: “Persevere, pois DEUS é fiel e te honrará!”.

Palavras de gratidão: “Bendito é o meu DEUS a quem eu sirvo por amor!”.

Apropriar-se das palavras.

Visto a Bíblia ter sido escrita para nós, podemos lê-la em primeira pessoa e viver o que nela está escrito.

“O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao SENHOR: meu refúgio e meu baluarte, DEUS meu, em quem confio. Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.” (Salmo 91:1-3)

Agora vamos ler esse texto em primeira pessoa e viver essa palavra na nossa vida, tomar posse, declarar para todo o mundo espiritual ouvir: “Eu que habito no esconderijo do Altíssimo, e descanso à sombra do Onipotente, digo ao SENHOR: meu refúgio e meu baluarte, DEUS meu, em quem confio. Pois Ele me livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.” Da mesma forma, podemos fazer isso com grande parte dos textos bíblicos.

A autoridade que DEUS deu-nos por meio de Sua Palavra, leva-nos a recebermos tudo aquilo que Ele tem para nós.

Profetizar

DEUS incentiva-nos a profetizar, isto é, declarar o cumprimento de Suas promessas, Sua Palavra, nas situações, em nossa vida ou na do nosso próximo. Profetizar é diferente de ter o dom de profecia; assim como todos foram chamados para orar, mas nem todos têm o dom da intercessão.

O SENHOR quer que profetizemos sobre as situações complicadas aos olhos humanos, fazendo-nos enxergar com os olhos dEle: enxergar vida no lugar de morte, restauração no lugar de destruição; lembrando que tudo o que ligarmos na terra, será ligado no céu.

“Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR DEUS, tu o sabes. Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.” (Ezequiel 37:3-10)

Ezequiel estava diante de uma situação catastrófica, mas foi instruído por DEUS para liberar palavras que revertessem aquela situação desfavorável. Sob tal instrução, de fato, todo o quadro reverteu-se, passando de morte para vida.

Se teu irmão só dá mau testemunho, declare que isso já é passado, profetizando que ele nunca mais servirá de pedra de tropeço, liberando palavras de vitória no nome de JESUS. Além disso, aconselhe-o, a fim de evitar novos erros. Caso o problema seja pessoal, aja da mesma forma, mude isso no mundo espiritual e a conseqüência virá no mundo físico. Persevere, lute até o fim e jamais pare na adversidade. Declare sobre a sua própria vida as palavras necessárias para sua mudança.

Uma palavra bem lançada ao alvo muda a história de uma vida, por exemplo: cinco minutos gastos na companhia de um morador de rua, escutando sua história e falando a ele palavras proféticas, pode tirá-lo dessa condição, pode ser aquele impulso que faltava para restauração dele. Sua palavra de conforto ao irmão angustiado tem o poder de mudar o rumo da vida dele. A sua palavra profética lançada sobre você mesmo tem o poder de te erguer e de te dar a vitória. A sua palavra bendita ao SENHOR tem o poder de te aproximar de DEUS.

Existem várias formas de profetizar, entre elas podemos citar a leitura da palavra, a oração ou, então, a adoração.

Cada um de nós deve fazer uma profunda reflexão sobre como temos usado a nossa língua: para o bem ou para o mal. Se o uso não for abençoado é necessário revê-lo e empenhar-se numa mudança, a fim de assumir o caráter de JESUS. A santidade deve envolver a nossa vida por completo, inclusive o falar.

A intimidade com DEUS gera em nós um coração limpo, tornando nossas palavras agradáveis às pessoas. Não podemos ter duas fontes de água em uma mesma boca, uma para lançar palavras doces e outra para lançar palavras amargas. Assim como de uma cachoeira é impossível brotar água salgada, da nossa boca também precisa ser impossível sair palavras de maldição.

“O homem bom, do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Lucas 6:45)

Saberemos qual é o nível da nossa intimidade com DEUS pelas palavras que saem de nossa boca, pois a boca fala do que está cheio o coração. De um coração limpo saem palavras limpas e de um coração sujo, palavras sujas.

O nosso redor nos influencia.

Aquilo que está no nosso redor pode influenciar nossas atitudes, de modo semelhante a uma ida ao estádio de futebol, em que podemos escolher entre ficar na arquibancada ou no meio da torcida organizada. Se escolhermos ficar na torcida organizada, seremos extremamente influenciados a xingar, amaldiçoar, idolatrar, contaminar-nos com violência, ódio e morte, por outro lado, se ficarmos na arquibancada, em meio às famílias, nosso foco estará apenas na diversão e no entretenimento.

Não devemos nos assentar na roda dos escarnecedores, para que não sejamos influenciados por idéias contrárias às de DEUS. Todas as vezes que ouvimos aquilo que não edifica e aceitamos, estamos sujando-nos e gerando pensamentos contrários à palavra de DEUS; o que devemos fazer, porém, é preservar nosso coração de toda espécie de contaminação.

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmo 1:1)

É impossível ser um verdadeiro servo de DEUS e, ao mesmo tempo, compartilhar conversas mundanas com teores de erotismo, piadas de mau gosto, palavrões, dentre outros.

Toda palavra liberada fica registrada.

Na bíblia, estão escritas palavras ditas por JESUS e, embora, tenham se passado mais de dois mil anos, elas continuam sendo pregadas para salvação e cura, exatamente como antes. As palavras propagam-se à uma velocidade assustadora e ficam registradas na história: tudo o que falamos aqui está sendo registrado no plano espiritual.

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Colossenses 4:6)

O apóstolo Paulo, inspirado por DEUS, aconselhou-nos a proferirmos palavras exclusivamente agradáveis, temperadas, equilibradas, amáveis, graciosas e, acima de tudo, verdadeiras, assim como eram as de JESUS. Este é o motivo pelo qual Ele atraía multidões: as palavras que saíam de Sua boca e coração eram acompanhadas de atitude. Quando as palavras se revertem em atitudes, faz toda uma diferença na vida.

“De boas palavras transborda o meu coração (…) Nos teus lábios se extravasou a graça; por isso DEUS te abençoou para sempre.” (Salmo 45: 1 e 2)

Essa maneira de viver só pode ser inspirada por DEUS e só é possível se desenvolvermos um caminhar com JESUS, pois assim, estaremos cheios e transbordantes do ESPÍRITO SANTO.

Há um princípio espiritual atrás do poder das palavras: “se toda a palavra falada por DEUS não volta vazia, a nossa condição de representantes dEle aqui na terra faz com que toda a palavra por nós falada também não volte vazia”. Por isso, é importante vigiarmos nossa boca, aproveitando o poder conferido por DEUS a nós.

“Porque assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra e a fecundem e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” (Isaías 55: 10 e 11)

Só a raça humana, por ser semelhante a DEUS, detém esse poder no falar. Nenhuma espécie de animal possui esse dom e, como nós não somos animais, mas sim imagem e semelhança de DEUS, nossa palavra inspirada pelo ESPÍRITO de DEUS é um comando de ordem ao mundo espiritual. Resta-nos conhecer e dominar esse dom: consolar ou afligir? Construir ou destruir? Ensinar ou enganar? Alegrar ou entristecer? Devemos tomar posse das palavras de benção e rejeitar as palavras de maldição.

Fonte: Igreja Bola de Neve

 

Mergulhando na Fé

Mergulhando na Fé

“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”. (Hebreus 11:1)

Fé é a crença em algo que não pode ser visto, tocado ou provado. Na Bíblia, a fé descreve a crença em JESUS. A partir do momento que a nossa fé em CRISTO cresce, passamos a vê-lO, tocá-lO e provar as coisas de DEUS.

Iniciando esse estudo, a partir do primeiro versículo do livro de Hebreus, entendemos que a fé não é algo abstrato, pois ela pode crescer ou diminuir, ser bem ou mal aplicada, bem como é uma das principais ferramentas do cristão, uma verdadeira arma de guerra contra o diabo e um meio de se adorar a DEUS. Em nossa caminhada com JESUS, sinceramente não me recordo de ter visto alguém cheio de fé murmurar contra DEUS. Pelo contrário, aquele que está cheio de fé tende a adorar e agradecer a DEUS em todo tempo.

“Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. (Efésios 6:16)

 “Enquanto essas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou, e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a tua mão sobre ela, e viverá”. (Mateus 9:18)

 “E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: SENHOR, se quiseres, podes purificar-me”. (Mateus 8:2)

 Quer agradar a DEUS? Então peça o dom da fé sobre sua vida, porque “sem fé é impossível agradar a DEUS.” (Hebreus 11:6)

Fé Sobrenatural X Fé Natural.

Todo homem e mulher nascem com uma fé, chamada natural. Até mesmo aquele que se diz ateu tem esse tipo de fé, pois, por exemplo, quando trabalha, acredita que seu chefe irá conceder uma remuneração: todos crêem em alguém, em alguma coisa e até em si mesmos.

A fé natural, porém, não gera a salvação, além de, geralmente, conduzir as pessoas ao erro, uma vez que confiam em tudo e em todos, exceto em DEUS. A fé natural é fria e movida pela razão, ou seja, crer somente naquilo que se vê, por isso, ela não é o objetivo desse estudo; nosso objetivo é abordar a fé sobrenatural dada por DEUS.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS”. (Efésios 2:8)

Nós não nascemos com essa fé sobrenatural, antes a conquistamos através da oração, de uma busca contínua e, principalmente, através de provas, testes e lutas, nas quais DEUS nos coloca.

A fé é um dispositivo que DEUS deu aos homens para trazer à existência no plano físico e natural, as coisas que até então só existem no plano espiritual. Ela é uma espécie de moeda do cristão, que gera a seguinte relação: quanto mais fé, mais resultados; se creio com fé, posso aguardar com segurança, sabendo que algo acontecerá; sei que DEUS agirá por mim. A fé do cristão é totalmente fundamentada na Palavra e na fidelidade de DEUS; é possível crer, não por achar ou sentir alguma coisa, mas porque DEUS disse “está escrito” e a Sua Palavra sempre se cumpre quando obedecemos.

“Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos”. (2 Coríntios 5:7)

Quando há fé em DEUS, temos a certeza absoluta de que Ele vai cumprir a sua promessa e a sua palavra na nossa vida, existe confiança plena nEle, sentimos total segurança nos planos e propósitos dEle; pois a fé é a certeza do acontecimento das coisas que se esperam. O desejo de DEUS é que todos sejamos pessoas movidas e cheias de fé nEle.

“Visto que a justiça de DEUS se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. (Romanos 1:17)

O termo “de fé em fé” refere-se a uma seqüência de fé, como subir uma escada, em que cada degrau representa um estágio. Durante nossa caminhada com JESUS teremos várias experiências, níveis de fé, um fato após outro, que resultará em nosso crescimento. Da mesma maneira que a musculação gera o desenvolvimento dos músculos, a fé também aumenta de tamanho e se desenvolve com a prática. O primeiro passo de nossa caminhada é a fé exclusiva em JESUS, resultando na nossa salvação. Os níveis seguintes dessa caminhada mostrarão que estaremos vivendo dentro do Reino de DEUS aqui na Terra.

Cinco efeitos produzidos em nós através da fé em JESUS CRISTO:

A fé produz SALVAÇÃO.

A fé em JESUS, como único, exclusivo e suficiente SENHOR e Salvador, resulta em salvação da nossa alma, sendo essa a única condição exigida por DEUS para salvar o homem.

“Responderam-lhe: Crê no SENHOR JESUS, e serás salvo, tu e tua casa”. (Atos 16:31)

A fé em JESUS, que resulta em salvação, é denominada fé salvífica: crer em CRISTO como o Messias, o Filho de DEUS, que venceu o pecado e a morte. Ela não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas também uma ação dinâmica, que brota no coração do cristão, com um desejo de servir e se tornar à imagem e semelhança de JESUS. Lembre-se: os demônios também crêem!

“Crês, tu, que DEUS é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem”. (Tiago 2:19)

A fé produz CONFIANÇA em DEUS.

“Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho. E falou contra DEUS e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” (Números 21: 4-9)

Quando a nação de Israel estava no deserto, a caminho do Mar Vermelho, o povo tornou-se impaciente e começou a falar contra DEUS e contra o líder Moisés, vindo sobre eles o juízo, através de serpentes abrasadoras, as quais os mordiam. Como houve arrependimento por parte deles, a respeito do pecado que estavam cometendo, DEUS mandou Moisés levantar uma serpente de bronze, para que todo aquele que olhasse para ela fosse sarado. Ressaltamos que somente os que confiaram em DEUS e obedeceram a sua instrução foram sarados.

“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (João 3: 14 e 15)

Do mesmo modo, DEUS levantou JESUS, para que todo aquele que nEle colocar sua confiança seja sarado.

A fé produz ARREPENDIMENTO.

O Arrependimento leva-nos a abandonar o mau caminho, largar as coisas relacionadas a satanás e ao mundo, voltarmo-nos a DEUS, andando fielmente com JESUS e seguindo seus valores. Sabemos que uma pessoa se arrepende quando passa a não mais admitir qualquer circunstância em sua vida que desagrade a DEUS.

“E assim, se alguém está em CRISTO, é nova criatura; as coisas antigas se passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17)

 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” (Atos 3:19)

A fé produz OBEDIÊNCIA a JESUS.

Nossa obediência é exercitada através da fé em JESUS, visto caminharem juntas, serem inseparáveis. Quanto maior a fé em JESUS, menores serão os questionamentos e maior e mais freqüente será o agir de DEUS.

“JESUS respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu PAI o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14:23)

A fé produz FIDELIDADE a DEUS.

Através da fé, estabelece-se uma relação de fidelidade de ambas as partes: DEUS e o homem. De um lado, experimentamos a fidelidade de DEUS, e de outro, Ele encontra em nós uma pessoa fiel a Ele, passando a confiar seus segredos em nossas mãos.

“Disse o SENHOR: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?” (Gênesis 18: 17 e 18)

DEUS anseia por revelar seus segredos aos seus servos e a condição para isso é a fidelidade. Abraão mostrou-se alguém fiel, a quem DEUS podia revelar os segredos e planos sobre aquilo que ainda aconteceria, afinal, Ele conhecia o coração de seu servo e sabia que poderia confiar nele.

A fé deve ser depositada somente em DEUS.

Muitas pessoas são cheias de fé, porém, canalizam-na de forma errada, depositando-a em bens materiais, no dinheiro, sucesso, poder, nas imagens, outros deuses ou até mesmo em servos de DEUS.

“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto.” (Jeremias 17: 5-8)

DEUS, a todo tempo, fala-nos que nossa segurança, sustento e provisão não estão em homens ou qualquer outra coisa, mas somente nEle. Maldito aquele que canaliza sua fé em alguém ou algo, dependendo de outro, pois acaba atraindo maldição para sua vida. Se depositarmos nossa fé nos bens materiais ou nas criaturas, é certo que DEUS vai interferir para que a redirecionemos ao alvo certo.

O diabo age bem discretamente induzindo a nossa carne a se manifestar. Um exemplo disso foi o que aconteceu com Davi, que tinha tudo: intimidade com DEUS, um amigo verdadeiro, um conselheiro, um profeta, o maior cargo do reino, família, mas, num certo ponto de sua vida, deixou que o diabo o conduzisse ao erro (adultério e “assassinato”). DEUS, então, teve de tirar tudo o que ele tinha, a fim de corrigi-lo,

levando-o a clamar e rever sua fé em DEUS, quando se refugiou numa caverna. (Salmo 142).

No Salmo 34, vemos que Davi, após passar por essa caverna, pôde pregar a palavra de DEUS àqueles que necessitavam de fé e que estavam ao seu lado, criando condições de formar um exército. A fé veio pelo ouvir a palavra de DEUS.

“E, assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de CRISTO.” (Romanos 10:17)

A fé tem de crescer a cada dia e durante toda a nossa vida, pois, através dela, viveremos e sustentaremos nossa esperança nas coisas eternas.

“Se a nossa esperança em CRISTO se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1 Coríntios 15:19)

A fé cristã é a confiança no DEUS eterno, imortal, invisível e real e em suas promessas garantidas por Jesus. A fé em Cristo é um ato pessoal, que envolve a mente, o coração e a vontade. Para a pessoa continuar salva, ela tem de continuar crendo durante a sua vida. A fé é também acompanhada de perseverança até o fim.

“Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” (Mateus 10:22)

DEUS é uma pessoa, então você, pela fé, deixa de ocupar o seu tempo com outras coisas e passa a ocupar o seu tempo com Ele.

Fé e Obras.

As obras da lei não podem nos justificar ou colocar-nos em uma posição de justiça diante de DEUS, uma vez que a lei tem um só propósito para nós: mostrar que somos pecadores e precisamos da graça e glória de DEUS. É mediante a fé em JESUS CRISTO que somos justificados e colocados numa condição de comunhão com o Pai; essa fé, porém, nunca vem sozinha, mas vem acompanhada da prática de boas obras.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 8 e 9)

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com DEUS, por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO.” (Romanos 5:1)

“porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS.” (Romanos 3: 22 e 23)

“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em CRISTO JESUS, também nós temos crido em CRISTO JESUS, para que fôssemos justificados pela fé em CRISTO e não por obras da lei; pois por obras da lei ninguém será justificado.” (Gálatas 2:16)

Sempre foi assim, mesmo antes da primeira vinda de JESUS: Abraão foi justificado pela sua fé no SENHOR.

“Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gênesis 15:6)

Nossas obras não nos justificam diante de DEUS; são, antes, resultados de uma fé com motivação correta: motivação em DEUS. Obras são ações exteriores como, por exemplo, ir à igreja, orar, ter caridade, fazer parte de ministérios dentro da igreja, etc. Embora as obras não nos justifiquem diante de DEUS, nossa fé sem elas é considerada morta, nula.

“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Crês, tu, que DEUS é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em DEUS, e isso lhe foi imputado para justiça; e foi chamado amigo de DEUS. Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:14-26)

Provação e Tentação.

Existe uma grande diferença entre provação e tentação. A provação é colocada em nossa vida por DEUS, já a tentação, pelo diabo.

“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o SENHOR prometeu aos que o amam. Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por DEUS; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal, e Ele mesmo a ninguém tenta.” (Tiago 1: 12 e 13)

DEUS coloca provações na vida de um filho para aprimorar o caráter dele e levá-lo a andar em Seus caminhos. Mais adiante veremos como Abraão foi provado por DEUS quando teve de oferecer seu filho Isaque.

 “Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.” (Deuteronômio 8:2)

DEUS é Onisciente (tem o conhecimento de todas as coisas existentes), portanto, para toda provação sempre haverá um propósito divino. A provação serve para sermos aprovados por DEUS, termos nossas qualidades aprimoradas e para que nossa fé seja valiosa aos olhos dEle, além disso, nas provações, conhecemos melhor a nós mesmos e ao DEUS a quem servimos. Ele coloca-nos numa provação, porque sabe que seremos capazes de enfrentar e superar a luta.

A tentação, por sua vez, é a atração pela prática do mal, com objetivos de obter prazer ou lucro. A tentação pode ter origem no diabo ou no ser humano.

“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4:1)

“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tiago 1.14-15)

JESUS foi tentado pelo diabo e venceu, podendo, assim, socorrer todo aquele que é tentado pelo inimigo.

“Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.” (Hebreus 2:18)

 Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação e cairmos na armadilha do diabo.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)

Normalmente, a provação é algo que leva certo tempo, enquanto que a tentação é algo rápido (o diabo me tenta, eu o repreendo e ele sai da minha frente).

Quando o inimigo pretende tramar a queda do cristão, ele só pode trabalhar dentro do limite estabelecido por DEUS. Ninguém é tentado acima das suas forças.

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas DEUS é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (1 Coríntios 10:13)

O apóstolo Paulo deixou bastante claro que o cristão não estaria livre das tentações, porém, DEUS as manteria no limite e sempre forneceria um escape para que o cristão pudesse continuar resistindo.

O que fazer diante de um problema?

Quando enfrentarmos situações extremamente complicadas, isso servirá para comprovarmos o poder de DEUS que age por nós e aumentar mais e mais a nossa fé. Ocorre que, às vezes, diante de tais situações, deixamos de olhar o poder e o tamanho do nosso DEUS. Não podemos, porém, ter receio de dizer para Ele que precisamos de ajuda em nossa fé: SENHOR, ajuda-nos, aumente a nossa fé!

“E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. E JESUS disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, SENHOR! ajuda na minha falta de fé. E JESUS, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais torne a ele.” (Marcos 9:21-25)

Há situações complicadas aos nossos olhos e elas servem para:

  • Pedirmos ajuda a DEUS.
  • Sermos forjados em nosso caráter por DEUS.
  • Crescermos em fé.
  • Comprovar o poder de DEUS em nossas vidas.

 

Nós vivemos pelo que cremos e não pelo que vemos; isso faz uma grande diferença: o cristão primeiro crê para depois ver, e não vê para depois crer. Isso é agradar a DEUS; é andar pela fé.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de DEUS de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Romanos 1:16 e 17)

O mundo enxerga o imediatismo e o materialismo, o cristão, por sua vez, enxerga aquilo que o mundo não consegue ver: as coisas antes mesmo de elas ocorrerem. Os olhos do nosso coração devem enxergar com mais clareza do que os nossos olhos físicos e aquilo que vemos no reino espiritual, deve ser mais real do que o que vemos no natural.

“Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.” (Hebreus 11:27)

Paciência X Imediatismo.

Claro que DEUS pode operar com base no imediatismo, mas esse não é Seu estilo. Toda semente plantada precisa de tempo para dar seu fruto, por isso, normalmente, temos de plantar, regar, cultivar, para, então, colher os frutos. Essa é a forma que DEUS escolheu. Você se recorda quando aceitou a JESUS como SENHOR e Salvador da sua vida, optando por abandonar os princípios do mundo para seguir aos princípios de CRISTO? Seus problemas foram resolvidos de forma automática e imediata? Na grande maioria dos casos a resposta é negativa. Os problemas, antes, vão e estão sendo resolvidos à medida que os expomos a DEUS, ao longo da caminhada. Se focarmos nossa visão somente nos sinais e maravilhas de DEUS, é provável que percamos seus milagres, mas se voltarmos nosso coração a Ele, certamente seus sinais nos acompanharão.

Um grande exemplo disso é Abraão, que tinha sua visão com o coração mais aguçada do que a visão com os olhos naturais. Ele, simplesmente, deixou para trás a maior cultura da época para obedecer, pela fé, uma voz que escutou, crendo que era o DEUS vivo quem lhe falara.

“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei.” (Gênesis 12:1)

Quando DEUS chamou Abraão, a promessa não foi feita através de uma visão ou de um profeta; DEUS ainda iria mostrar a nova terra a ele. Pela fé (certeza absoluta do que se espera, porém não se vê com olhos naturais), Abraão largou tudo e partiu em direção àquela promessa, olhando para o futuro e vivendo como se ela já estivesse sendo cumprida.

Isaque, filho de Abraão, foi o fruto de uma promessa conquistada através da fé, em um processo a longo prazo. O que dizer, então, do momento em que DEUS pede-o como sacrifício?

“Depois dessas coisas, pôs DEUS Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou DEUS: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que DEUS lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: DEUS proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. Chegaram ao lugar que DEUS lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a DEUS, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. E pôs Abraão por nome àquele lugar – O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz.” (Gênesis 22:1-18)

Quando Abraão obedeceu a DEUS e entregou seu filho Isaque, ele sabia que DEUS poderia ressuscitá-lo a qualquer momento.

“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que DEUS era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar.” (Hebreus 11:17 e 18)

Quando começamos a enxergar as coisas com os olhos do nosso coração e com fé, o futuro torna-se tão real quanto o passado e o presente. A verdadeira fé é demonstrada através da paz existente em qualquer circunstância que o SENHOR colocar-nos.

“Alegrei-me, sobremaneira, no SENHOR porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:10-13)

Paulo foi açoitado, apedrejado, caluniado, teve fome e frio, enfrentou naufrágio e a prisão, tudo isso por amor a CRISTO, perseverando em fé e enxergando o reino espiritual.

A fé de Paulo fazia com que ele soubesse não só quem ele era em CRISTO, mas mais do que isso: quem JESUS era nele.

A verdadeira fé sempre vem acompanhada de paciência e esta é a demonstração da verdadeira fé. DEUS quis que Abraão esperasse muitos anos até que a sua promessa fosse cumprida, mas, ao invés de ser desencorajado pelo passar do tempo, a fé dele fortaleceu-se até que o milagre aconteceu em sua vida.

“Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.” (Romanos 4:18-21)

A fé de Abraão foi testada por DEUS e ele foi aprovado.

“E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.” (Hebreus 6:15)

Quando nossa fé é testada e aprovada, resulta em nós paciência e perseverança.

“Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz a perseverança.” (Tiago 1:3)

Se em nossa fé não houver nenhum tipo de dúvida ou incredulidade, nossas orações serão respondidas conforme a vontade de DEUS.

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.” (Tiago 1:5 e 6)

 “Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.” (Hebreus 3:14-19)

A fé e o tempo.

O tempo é um teste infalível para a fé, pois se ela for verdadeira, crescerá mais forte e verá a mão de DEUS em tudo, independente das circunstâncias e do tempo que parecem fazer o cumprimento das promessas distante. Se a fé não for verdadeira, porém, o tempo a matará. Para herdarmos as promessas do Pai, Ele tem ordenado que tenhamos fé e paciência.

Há um deserto a ser atravessado, ou seja, uma situação oposta ao que nos fora prometido por DEUS, desde o momento em que recebemos a promessa, até o seu cumprimento. Temos, na Bíblia, o exemplo de José do Egito, um homem que recebera a promessa de ser honrado e colocado por cabeça de sua família e povo, mas entre os dezessete e os trinta anos, o deserto de José significou ser vendido pelos próprios irmãos como escravo, ser traído, preso e esquecido numa cadeia. Para muitos, isso já seria o bastante para trazer dúvida e descrença quanto ao cumprimento da palavra de DEUS, mas a promessa, aliada à fé de José, fez com que, da prisão, ele fosse conduzido ao posto de governador da maior potência da época.

Em outro exemplo bíblico, o povo de Israel recebeu a promessa de que habitaria em uma terra que manava leite e mel, mas nas peregrinações iniciais pelo deserto não havia sequer água!

Esperar pela promessa faz com que haja um aumento de fé e uma valorização da futura benção, tornando a resposta de DEUS mais importante e preciosa, além de servir para que aprofundemo-nos nas coisas dEle e estejamos preparados para receber a promessa. Quando DEUS te promete abundância financeira, certamente você enfrentará um deserto financeiro; se Ele te promete uma esposa, certamente você enfrentará um período sem uma ajudadora; se você passar por um longo período de oração pedindo um carro a DEUS, quando finalmente receber, se lembrará dos tempos em que pegava trens e ônibus superlotados, valorizando mais a benção; se passar por um longo período de oração pedindo um filho, quando receber essa promessa, sempre se lembrará dos tempos em que sonhava ser mãe ou pai, valorizando seu filho, principalmente naquelas horas em que parece que a paciência se esgotará.

Todos nós temos duas opções: confiar ou duvidar de DEUS. Quem confiou (José do Egito, Josué e Calebe), herdou a promessa.

Se a fé é a certeza absoluta, o diabo vai lançar na sua mente a dúvida, o medo e a insegurança, como fez com Abraão, pois até mesmo ele teve um momento de incredulidade, ocasionando um lapso de paciência, gerando, em função disso, um filho: Ismael. Após muitos anos de espera pelo filho da promessa, Abraão começou a seguir a própria razão, ao invés da direção do Espírito (Gálatas 4:23). A conseqüência do método próprio de Abraão ainda causa grandes estragos internacionais nos dias de hoje: Ismael (árabes) x Isaque (judeus). Há um contínuo conflito entre aquele que é nascido da carne e aquele que é nascido do espírito. Como Ismael era filho de Abraão, o SENHOR fez dele também uma grande nação (Gênesis 17:17-20), ainda que Ele soubesse que iria causar um grande problema para a semente prometida. DEUS não pode mentir, então, Ele fez de Ismael uma grande nação e confirmou a promessa de que Isaque seria pai de multidões.

Podemos observar três estágios na fé de Abraão:

1) Começou bem: quando saiu da sua terra natal;

2) depois vacilou: quando gerou Ismael;

3) terminou bem: retomou a confiança quando ofereceu Isaque.

Para mantermos e aumentarmos nossa fé em DEUS, devemos, diariamente, buscar sermos cheios do ESPÍRITO SANTO. Andar de fé em fé significa sempre seguir em frente, sem jamais voltar atrás ou desistir das promessas feitas por DEUS, mesmo que estas tenham sido feitas há uma semana ou um ano.

Princípio espiritual de fé.

Há um princípio espiritual quando falamos de fé: “no lugar onde existe mais fé, mais coisas acontecem”.

Mais fé ® mais coisas acontecem:

“Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos.” (Mateus 9: 29 e 30)

Menos fé ® menos coisas acontecem:

“E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.” (Mateus 13:58)

A fé gerará os sinais e milagres e não o contrário disso. Como conseqüência da fé por nós demonstrada, DEUS derramará seus milagres: crer para ver e não ver para crer!!!

A ação da fé na vida.

A fé em JESUS age das seguintes formas em nossas vidas:

  • Eu tenho certeza das promessas de DEUS;
  • eu ajo conforme essas promessas;
  • eu confio no poder de DEUS;
  • eu supero as desvantagens e lutas;
  • eu considero JESUS o mais importante sobre todos e sobre tudo.

A fé é necessária para que atravessemos circunstâncias extremamente difíceis aos olhos humanos. Através dela, temos confiança em DEUS para realizar feitos incomuns e grandes tarefas, capacitando-nos a crer no sobrenatural, na vontade e no propósito de DEUS para nossa vida.

A fé também capacita-nos a receber curas, milagres, sustento, batismo no ESPÍRITO SANTO; expulsar demônios, etc. A verdadeira fé, além de gerar em nós a confiança de que DEUS pode fazer qualquer coisa, faz-nos saber que ELE quer fazer certas coisas por nós, simplesmente porque nos ama. Lembre-se: sem fé é impossível agradá-lO.

A fé que agrada a DEUS faz com que acreditemos em quem somos em CRISTO e quem Ele é em nós.

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” (João 14:12)

Um relacionamento correto com DEUS baseia-se na confiança e fé de que DEUS é quem Ele diz ser e faz o que diz que fará. Além disso, você é o que a bíblia diz que você é e pode fazer aquilo que a bíblia diz que pode; você tem aquilo o que a bíblia diz que tem. “Mas não O vejo nem O sinto! E agora?” A fé é uma escolha e não um sentimento. Jamais se deixe levar pelas circunstâncias ou por aquilo que os outros dizem.

Fonte: Mergulhando na Palavra – Igreja Bola de Neve – Ipatinga

 

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